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Nova variante de covid-19 faz razia nas bolsas. Banca e petrolíferas tombam mais de 4%

O índice de referência europeu registou a maior desvalorização desde junho do ano passado, com os setores mais cíclicos a liderarem as descidas, perante receios de novas medidas de confinamento para conter a nova estirpe do vírus que surgiu na África do Sul.

Reuters
26 de Novembro de 2021 às 11:33
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A nova variante de covid-19 identificada na África do Sul está a causar uma verdadeira sangria nos mercados acionistas mundiais. As bolsas europeias seguem a negociar com desvalorizações na casa dos 3%, arrastadas pela descida dos títulos mais cíclicos. Banca e petróleo são os setores mais penalizados, com quedas superiores a 4%.

O índice europeu Stoxx 600 segue a recuar 2,49% para 469,72 pontos, mas já baixou um máximo de 3,7% durante a manhã, naquela que é a maior descida registada pelo índice desde junho de 2020. Com quedas acima de 3% seguem praças como Paris, Madrid ou Grécia, com Frankfurt e Milão a desvalorizarem 2,7% e 2,95%, respetivamente.



A bolsa de Lisboa também está a acompanhar o "sell-off" nas bolsas, mas aliviou de parte das quedas registadas na abertura, com o PSI-20 a desvalorizar 1,62%, a descida mais contida no palco europeu.

Este travão a fundo nos ativos de risco está a ser provocado pelas notícias de uma nova variante de covid-19 na África do Sul, que entretanto já chegou a três outros países, e que segundo as autoridades britânicas "é a pior que vimos até agora".

A B.1.1.529, como foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a nova mutação da covid-19, está a acelerar a implementação de novas medidas de restrição, que para já estão a ser direcionadas para os países onde foi identificado o foco desta nova variante mas que poderão alastrar-se a outros países caso se confirme a disseminação a outras regiões.

Os setores mais cíclicos, e logo mais afetados por potenciais medidas de confinamento para conter o contágio da pandemia, estão a ser os mais castigados em bolsa. O setor da banca e do petróleo afundam mais de 4%, enquanto as "utilities" são o grupo de empresas que cai menos: baixam 1,7%.

As empresas ligadas ao setor do turismo são o espelho das preocupações dos investidores. A Carnival lidera as desvalorizações no índice europeu, ao tombar 12,5%, enquanto as companhias aéreas IAG e a Lufthansa tombam 12,3% e 11,1%, respetivamente.


O pessimismo deverá marcar também a abertura em Wall Street. Os futuros do Dow Jones estão a cair 800 pontos, apontando para um arranque no vermelho, depois do feriado do Dia de Ação de Graças que se celebrou nos Estados Unidos esta quinta-feira.

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