Notícia
Laginha de Sousa alerta para risco da inflação e juros altos para a estabilidade financeira
Criação de riqueza e promoção do acesso dos cidadãos ao mercado de capitais são fundamentais para contornar os desafios atuais, segundo o presidente da CMVM.
Assegurar a estabilidade financeira em tempos de inflação e taxas de juro elevadas é um dos desafios que o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) vê neste momento para os mercados de capitais. Para os contornar, Luís Laginha de Sousa aponta para a promoção da criação de riqueza e participação dos aforradores nos instrumentos financeiros.
"Quando tentamos identificar os principais desafios que se colocam ao nosso país, às nossas empresas e aos nossos cidadãos, creio que há pelo menos cinco que são absolutamente incontornáveis. O primeiro prende-se com assegurar a estabilidade financeira e prevenir a acumulação e materialização de risco sistémico num contexto caracterizado por um período de inflação e taxas de juro elevadas e de grande instabilidade geopolítica", afirmou Luís Laginha de Sousa, na conferência anual da CMVM.
A escalada dos preços para níveis como não se viam há quatro década levou os bancos centrais a avançar com a mais rápida subida dos juros de referência de sempre, causando uma mudança profunda nas condições financeiras. A par desta rápida alteração, outros fatores continuaram a coexistir.
Os restantes desafios, segundo o líder do supervisor, dizem respeito à transição energética e digital, à atração e retenção de talento numa economia global, à garantia da sustentabilidade das pensões de reforma, bem como à necessidade de aumentar a produtividade e competitividade para assegurar o crescimento económico.
"Existem pelo menos dois elementos essenciais para lidar com estes desafios, sem prejuízo, naturalmente, da necessária intervenção de políticas públicas", disse Laginha de Sousa. O primeiro passa pela necessidade de criar riqueza e o segundo pela promoção do acesso dos cidadãos, "que são o princípio, meio e fim de todas as atividades, aos benefícios gerados por esse instrumento de criação de riqueza que são as empresas".
"Quando tentamos identificar os principais desafios que se colocam ao nosso país, às nossas empresas e aos nossos cidadãos, creio que há pelo menos cinco que são absolutamente incontornáveis. O primeiro prende-se com assegurar a estabilidade financeira e prevenir a acumulação e materialização de risco sistémico num contexto caracterizado por um período de inflação e taxas de juro elevadas e de grande instabilidade geopolítica", afirmou Luís Laginha de Sousa, na conferência anual da CMVM.
Os restantes desafios, segundo o líder do supervisor, dizem respeito à transição energética e digital, à atração e retenção de talento numa economia global, à garantia da sustentabilidade das pensões de reforma, bem como à necessidade de aumentar a produtividade e competitividade para assegurar o crescimento económico.
"Existem pelo menos dois elementos essenciais para lidar com estes desafios, sem prejuízo, naturalmente, da necessária intervenção de políticas públicas", disse Laginha de Sousa. O primeiro passa pela necessidade de criar riqueza e o segundo pela promoção do acesso dos cidadãos, "que são o princípio, meio e fim de todas as atividades, aos benefícios gerados por esse instrumento de criação de riqueza que são as empresas".