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Injecções de liquidez na China não seguram acções. Bolsas asiáticas voltam a cair

As bolsas asiáticas continuam a registar quedas. China e Japão voltaram a cair, mesmo com injecção de liquidez por parte do banco central chinês.

Bloomberg
21 de Janeiro de 2016 às 08:04
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As bolsas chinesas fecharam mais uma sessão em queda. Em Xangai a desvalorização foi de cerca de 3%. E nem os esforços do banco central chinês, que injectou liquidez no sistema - a maior em três anos segundo a Bloomberg - conseguiram inverter a sessão que oscilou entre o positivo e o negativo, como aliás tem acontecido.

O Shanghai Composite fechou a sessão de quinta-feira, 21 de Janeiro, a cair 3,23%, estando agora nos 2.880,482 pontos e o CSI 300, que integra cotadas de Xangai e Shanzhen, perdeu 2,93% para 3.081,345 pontos. Os índices chineses preparam-se para encerrarem mais uma semana de grande volatilidade e em tons negativos. Na segunda-feira, 18 de Janeiro, apesar de ter fechado em alta, o índice Shanghai Composite chegou, durante a sessao, a 2.844,704 pontos, menos que os 2.850,714 pontos nos quais tinha batido em Agosto do ano passado.

Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,32% e o Hang Seng Enterprises desvalorizou 1,88%, um dia depois da queda de 4,33% na quarta-feira. A taxa interbancária de Hong Kong subiu ao nível mais elevado em mais de seis anos, o que poderá agravar os custos financeiros para os construtores de imobiliário. Com esta queda, o Hang Seng tem, agora, um "price-to-book ratio" abaixo de um. Ou seja, o valor das cotações está, agora, abaixo do valor contabilístico das cotadas. A última vez que tal tinha acontecido foi nas imediações da crise financeira asiática.

Pela primeira vez desde 1998 o índice Hang Seng está abaixo do valor dos activos cotados.
Pela primeira vez desde 1998 o índice Hang Seng está abaixo do valor dos activos cotados. Bloomberg

O banco central chinês também injectou liquidez no sistema, o que elevou o financiamento disponível para o nível mais elevado de 13 meses na quarta-feira, antecipando a chegada do Novo Ano chinês no próximo mês de Fevereiro. Foram injectados mais de 50 mil milhões de euros, uma injecção que acontece pelo terceiro dia consecutivo.

Na Ásia, as perdas estenderam-se ao Japão que na sessão de quarta-feira tinha entrado no designado "mercado urso" (desde o último pico já caíram 20%).

Esta quinta-feira, o Nikkei volta a cair 2,43% e o Topix 2,8%, apesar da sessão ter iniciado com marca positiva. Isto apesar da subida da Sharp, que chegou a valorizar 25%, na sessão, tendo anulado parte dessa subida, mas ainda assim terminando a sessão a subir 5,8%, depois de noticiada a oferta da Foxconn pela companhia.

Segundo a Bloomberg, face a estas evoluções bolsistas, há quem antecipa a possibilidade de tanto a China como o Japão poderem reforçar as medidas de estímulo à economia. Na quarta-feira, foi revelado o PIB chinês que em 2015 subiu 6,9%, a um ritmo mais baixo desde 1990. No Japão, o iene está a valorizar acima das estimativas empresariais. A moeda atingiu, na quarta-feira, o máximo de um ano nos 115,98, com os investidores a procurarem activos refúgio.

Na realidade um pouco por todo o mundo o mercado está no que se apelida de "urso". Desde o Japão, ao Reino Unido, até ao Brasil. O índice para todo o mundo, o MSCI All Country World, que integra acções de países desenvolvidos e emergentes, caiu 2,9%, perto de atingir a queda de 20% face ao pico de Maio, com receios sobre o abrandamento da China e com o afundamento do preço do petróleo que esta quinta-feira voltou a negociar em queda.
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