Notícia
Inflação castiga Wall Street com pior semana desde janeiro
Quando vários apontavam para que o pico da inflação já tivesse sido atingido, os dados revelados esta sexta-feira do índice de preços no consumidor dos EUA em maio, que renovou máximos de 40 anos, levou a um novo "sell-off" em Wall Street.
A inflação. Sempre a inflação. A escalado nos preços para os consumidores nos EUA acelerou para 8,6% em maio, superando as previsões de 8,3% e renovando máximos de quatro décadas. Os dados divulgados esta sexta-feira derrubaram as bolsas de ambos os lados do Atlântico com fortes "sell-offs". Resultado? os três principais índices de Wall Street sofreram a pior queda semanal em cinco meses.
O industrial Dow Jones terminou o dia a cair 2,73%, para os 31.392,79 pontos. Já o S&P 500 recuou 2,91%, fechando nos 3.900,86 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite afundou 3,52%, para os 11.340,02 pontos. Em termos semanais, o saldo negativo foi de 5,6% no Nasdaq, de 5,06% no S&P 500 e de 4,58% no Dow Jones.
O setor tecnológico foi o mais penalizado, mas o índice de confiança dos consumidores de junho, divulgado hoje pela Universidade de Michigan, também caiu muito mais do que o esperado, o que veio pressionar setores como as companhias aéreas, casinos e hotéis.
Mas se a taxa de inflação homóloga de 8,6% - e a subida de 1% em cadeia - já eram sinais de alarme, os economistas destacam que a inflação subjacente ("core"), que exclui alimentos e energia, por norma mais voláteis, também registou uma subida em cadeia (+0,6%) e atingiu os 6% em termos homólogos, acima das previsões.
"É pura e simplesmente mau", resume Dennis DeBusschere, fundador da 22V Research, citado pela Bloomberg. "Uma variação nula em cadeia na inflação "core" já significa condições financeiras mais apertadas. [Jerome, presidente da Fed] Powell deverá ter um discurso muito "hawkish" na próxima semana, dada a situação no mercado laboral e a inflação "core" que não baixa", acrescenta.
"Da perspetiva da Fed, a perseguição continua. E serão provavelmente necessárias medidas mais agressivas da Fed para domar a inflação galopante", refere, numa nota citada pela Bloomberg, Charlie Ripley, estratega-senior de investimento da Allianz Investment Management. "Se isso se irá traduzir em subidas mais agressivas no verão ou a continuação de aumentos de 50 pontos base pelo outono fora, isso é opção da Fed", diz ainda.
"Prevemos que a volatilidade irá continuar até os mercados aceitarem que a meta para a taxa diretora da Fed será de pelo menos 3% e deixarem de estar obcecados com a dimensão das subidas nas próximas reuniões da Reserva Federal", defende, por seu turno, John Lynch, da Comerica Wealth Management.
Já Jason Pride, da Glenmede, considera, numa nota, que "os investidores devem estar preparados para que a Fed continue o seu caminho de subidas de 50 pontos base até a inflação mostrar sinais inequívocos de desaceleração para a meta de 2 a 3%".
O industrial Dow Jones terminou o dia a cair 2,73%, para os 31.392,79 pontos. Já o S&P 500 recuou 2,91%, fechando nos 3.900,86 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite afundou 3,52%, para os 11.340,02 pontos. Em termos semanais, o saldo negativo foi de 5,6% no Nasdaq, de 5,06% no S&P 500 e de 4,58% no Dow Jones.
Mas se a taxa de inflação homóloga de 8,6% - e a subida de 1% em cadeia - já eram sinais de alarme, os economistas destacam que a inflação subjacente ("core"), que exclui alimentos e energia, por norma mais voláteis, também registou uma subida em cadeia (+0,6%) e atingiu os 6% em termos homólogos, acima das previsões.
"É pura e simplesmente mau", resume Dennis DeBusschere, fundador da 22V Research, citado pela Bloomberg. "Uma variação nula em cadeia na inflação "core" já significa condições financeiras mais apertadas. [Jerome, presidente da Fed] Powell deverá ter um discurso muito "hawkish" na próxima semana, dada a situação no mercado laboral e a inflação "core" que não baixa", acrescenta.
"Da perspetiva da Fed, a perseguição continua. E serão provavelmente necessárias medidas mais agressivas da Fed para domar a inflação galopante", refere, numa nota citada pela Bloomberg, Charlie Ripley, estratega-senior de investimento da Allianz Investment Management. "Se isso se irá traduzir em subidas mais agressivas no verão ou a continuação de aumentos de 50 pontos base pelo outono fora, isso é opção da Fed", diz ainda.
"Prevemos que a volatilidade irá continuar até os mercados aceitarem que a meta para a taxa diretora da Fed será de pelo menos 3% e deixarem de estar obcecados com a dimensão das subidas nas próximas reuniões da Reserva Federal", defende, por seu turno, John Lynch, da Comerica Wealth Management.
Já Jason Pride, da Glenmede, considera, numa nota, que "os investidores devem estar preparados para que a Fed continue o seu caminho de subidas de 50 pontos base até a inflação mostrar sinais inequívocos de desaceleração para a meta de 2 a 3%".