Notícia
Grupo EDP afunda em bolsa desde o início da semana
Na segunda-feira, o Negócios noticiou que o Governo prepara uma renovada tributação sobre o sector energético. A EDP cedeu 6% desde aí, a Renováveis 5%. Quedas mais pronunciadas do que o PSI-20 e que as energéticas europeias.
O Grupo EDP está em forte queda esta semana na Bolsa de Lisboa. Tanto a casa-mãe como a empresa de energias verdes são as cotadas que mais deslizam no índice de referência PSI-20. E também cedem mais do que as congéneres europeias.
Na passada segunda-feira, o Negócios noticiou que, além do pacote de medidas já acordadas pelo Governo com o Bloco de Esquerda para o Orçamento do Estado para o próximo ano avaliadas em 100 milhões de euros, há ainda uma outra que pode render mais 50 milhões de euros. Em causa está o alargamento da Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE) às energias renováveis, que pode então ser incluído no documento que estará fechado a 14 de Outubro.
Desde aí, as energéticas têm recuado. Logo na segunda, a eléctrica liderada por António Mexia (na foto) caiu mais de 2%. Estão a ser quatro dias seguidos a cair, que resultam numa desvalorização total de 6%. A EDP segue, esta quinta-feira, a cotar em 2,803 euros.
A EDP Renováveis, comandada por João Manso Neto, tem uma queda mais ligeira, na ordem dos 5%, que a levou a negociar nos 6,787 euros por acção. Os produtores de electricidade a partir de fontes renováveis já vieram contestar a eventual medida, dizendo que já a pagam 50 milhões às autarquias para abater a dívida tarifária, mas não impediram quatro sessões a perder terreno para a EDP Renováveis.
Ambas as cotadas do grupo EDP estão nos valores mais baixos desde Julho e seguem na linha da frente das quedas do PSI-20 que, desde segunda-feira, perde 1,1%. Foram dois dias a subir e dois a cair. O mesmo desempenho que o índice Stoxx Europe 600.