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Grupo EDP ajuda bolsa de Lisboa a escapar a maré vermelha na Europa
O principal índice nacional encerrou em alta ligeira, com as duas empresas do grupo EDP a valorizarem mais de 5%.
O principal índice nacional encerrou a sessão desta quarta-feira em alta ligeira, contrariando a tendência registada por parte das congéneres europeias, na primeira reação das bolsas do Velho Continente ao anúncio de tarifas por parte do Presidente dos Estados Unidos.
Numa sessão em que a maioria das cotadas terminou em queda, os fortes ganhos da EDP permitiram que o PSI encerrasse acima da linha água. O índice de referência nacional avançou 0,13% para 6.967,03 pontos, com 11 cotadas em queda e quatro em alta.
A registar a maior subida esteve a EDP Renováveis, que pulou 5,1% para os 8,145 euros, assinalando o maior salto desde dezembro de 2023, juntamente com a casa-mãe a EDP que subiu 5,09% para os 3,302 euros - o valor mais elevado desde dezembro e o maior ganho diário desde fevereiro de 2022. As duas empresas de "utilities" (água, luz, gás) acompanharam o setor na Europa que ganhou quase 3%. A tendência inversa à restante Europa deve-se à descida das taxas de juro de longo prazo nos Estados Unidos, uma vez que este é um setor em que as empresas têm habitualmente elevados níveis de endividamento.
A REN, do mesmo setor, também avançou 3,59% para 2,885 euros - atingindo o valor mais alto de fecho em quase três anos, num dia em que o volume de negociação duplicou. Já a Jerónimo Martins acompanhou o setor alimentar na Europa e ganhou 1,07% para 20,72 euros, ao passo que a Sonae recuou 0,37% para 1,066 euros.
A registar a maior queda esteve a Galp - que desceu 5,35% para 15,2 euros - num dia em que os preços do petróleo foram duplamente pressionados pelas tarifas e o impacto que pode ter na economia e no consumo de crude, e uma decisão por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) que acordou um aumento da oferta superior ao previsto. Tanto o Brent, de referência para a Europa, como o WTI, de referência para os Estados Unidos, chegaram a cair mais de 7%, o que também pressionou fortemente o setor de petróleo e gás na Europa (-5,37%).
Também o BCP se alinhou com as congéneres europeias (-5,57%) e caiu 4,42% para 0,541 euros, enquanto os CTT perderam 2,06% para 7,59 euros. A perder mais de 1% estiveram ainda a Semapa (-1,66%), a Altri (-1,39%), a Mota-Engil (-1,11%) e a Corticeira Amorim (-1,01%). A Nos (-0,11%), Navigator (-0,73%) e Ibersol (-0,91%) assinalaram as maiores descidas.