Notícia
Greenvolt escala 25% na estreia em Lisboa. Ações nos 5,30 euros
A empresa de energias renováveis disparou no arranque na bolsa portuguesa. Ações abriram a subir mais de 9%, nos 4,65 euros, mas já chegaram aos 5,30 euros.
Os títulos da companhia seguem a valorizar 20% para 5,10 euros, mas já chegaram a escalar um máximo de 24,71% para 5,30 euros, nos primeiros minutos de negociação em bolsa. As ações, vendidas a investidores qualificados na oferta, estrearam-se no mercado nos 4,65 euros, com uma subida de 9,4%, sendo que o preço mais baixo em que negociaram foi nos 4,60 euros.
Na sessão especial de bolsa, esta quarta-feira, o CEO da empresa destacou que o preço das ações é atrativo. "4,25, 4,50 ou 5 euros é sempre barato, na minha opinião, porque a empresa vale mais do que isto", defendeu João Manso Neto. "Num IPO há sempre um desconto, em todo o lado. O mercado dirá qual o valor da ação", concluiu.
Sobre o lançamento em bolsa acontecer em julho, um mês tipicamente menos ativo nos mercados dado o período de férias, Manso Neto defende que também tem vantagens. "Se isto é bom, se é mau, nunca se sabe. Este ano tem havido muito IPO. E a nossa perspetiva é que se calhar ia haver ainda mais oferta (em setembro). Quanto mais histórias existam, mais concorrência. Neste momento não é mau. Não é euforia, mas se calhar em setembro é pior", afere.
Maior IPO desde 2013
A Greenvolt estreia-se no mercado com uma avaliação superior a 500 milhões de euros, numa operação que permite encaixar 205 milhões de euros. Trata-se da maior estreia em bolsa desde a OPV dos CTT, em dezembro de 2013.
A oferta pública inicial (IPO) da Greenvolt ocorre depois de um período de mais de sete anos sem estreias no mercado nacional – a última empresa a entrar no mercado principal foi a ES Saúde, em fevereiro de 2014 – e é a maior estreia desde os CTT.
Em 2014, a ES Saúde, que entretanto alterou o nome para Luz Saúde e já saiu do mercado após ser comprada pela Fidelidade, conseguiu levantar 149,8 milhões de euros. Já a OPV realizada pelos CTT, no final de 2013, permitiu ao Estado arrecadar 579 milhões de euros com a reprivatização de 70% do capital da empresa de correios.
(Notícia atualizada com evolução das ações às 08:35)