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Grandes grupos financeiros realizam reuniões secretas para limitar investidores activistas

Os líderes de grandes grupos financeiros norte-americanos querem regular as relações com os accionistas, procurando limitar a intervenção dos investidores activistas na gestão das empresas.

Warren Buffet foi o segundo investidor cuja fortuna mais diminuiu, em 2015. Desde o início do ano, os seus investimentos desvalorizaram 11,3 mil milhões de dólares. Fecha o ano com um património de 62,5 mil milhões de dólares.
02 de Fevereiro de 2016 às 12:18
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Os líderes de grandes grupos financeiros nos EUA realizaram reuniões secretas para discutir as relações com os accionistas, relata o Finacial Times (FT). JP Morgan, Berkshire Hathaway, BlackRock, Fidelity, Vanguard e Capital Group estão entre os bancos e gestoras de activos que uniram esforços para reforçar o seu poder nas empresas e limitar a intervenção dos investidores activistas na gestão. O objectivo é fazer um guia que encoraje o investimento de longo prazo e diminua a pressão do mercado para a obtenção de resultados de curto prazo, diz o FT.

As reuniões secretas, lideradas por Warren Buffett e James Dimon, presidente executivo do JP Morgan, que decorrem pelo menos desde Agosto, têm como objectivo de construir um roteiro de boas práticas para regular as relações entre as empresas norte-americanas e os seus accionistas, indica o FT. O papel e composição da direcção e os direitos dos investidores são alguns dos temas em discussão, numa altura em que está a aumentar o poder dos investidores activistas em Wall Street.

Os investidores activistas, que controlam mais de 100 mil milhões de dólares em activos, têm usado a sua influência para exigir alterações na liderança das empresas e para obter mais lucros com os seus investimentos. Na semana passada, os activistas conseguiram levar a AIG a distribuir 23 mil milhões de euros aos accionistas. Um poder que está a preocupar os gestores das grandes empresas, que acusam os accionistas de pressionarem para a obtenção de resultados de curto prazo em detrimento de uma estratégia de longo prazo.

Para controlar este impacto, várias empresas americanas têm adiado a entrada em bolsa e várias tecnológicas optaram por listar acções de classe A e B, que têm direitos de voto diferenciados, diz o jornal. Agora, os grandes grupos estão a procurar implementar um guia para regular as relações com os accionistas, que limite também o seu impacto na estratégia da empresa. O resultado deverá contudo ainda demorar vários meses, nota o Financial Times, que refere que nenhum dos participantes quis falar sobre a iniciativa. 

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