O PSI-20 avança 0,10% para 6.994,67 pontos, com nove acções em alta, sete em queda e quatro inalteradas.

Em destaque estão as acções do BCP, que sobem 2,16% para 18,93 cêntimos, já depois de ontem terem disparado mais de 7%. A contribuir para a subida dos títulos está o anúncio de venda de 49% que o BCP tem na Ocidental (não vida) e na Médis à Ageas. O Banco Comercial Português decidiu ir além das medidas de reestruturação impostas por Bruxelas e vender as participações que tinha nas companhias de seguros do ramo não vida. Uma opção destinada a libertar capital e que não é alheia ao facto de o reembolso, "o mais cedo possível", do apoio do Estado ter passado a integrar a lista de objectivos do banco.

A Mota-Engil também está a impulsionar o índice ao subir 0,67% para 4,963 euros, depois de também ontem ser revelado que a construtora nacional ganhou  a primeira PPP na Colômbia. A concessão rodoviária com um investimento estimado na ordem dos 350 milhões de euros foi adjudicada ao consórcio que a construtora portuguesa formou com a colombiana Odinsa.

Esta notícia está a animar a negociação bolsista da Mota-Engil no dia em que as acções descontam o dividendo de 12,35 cêntimos que será distribuído aos accionistas. Não fosse este ajuste técnico e as acções estariam a subir mais de 3%.

Do lado oposto está a Portugal Telecom, ao descer 2,22% para 2,779 euros. A descida das acções da operadora está relacionada com um ajuste técnico de desconto do dividendo de 10 cêntimos que vai pagar aos seus accionistas. Se não fosse este ajuste, as acções estariam a subir 1,35%.

As acções da ESFG seguem a subir 0,21% para 2,80 euros, no dia em que a "holding" revelou os seus resultados do primeiro trimestre. A ESFG terminou os primeiros três meses do ano com um prejuízo de 36,9 milhões de euros, mais do dobro do valor observado em igual período de 2013.

A ESFG revelou ainda, num segundo comunicado, que vai reduzir a sua posição no capital do BES dos actuais 27,4% para 25%, depois da operação de aumento de capital.

Esta sessão de terça-feira é marcada pelo arranque de negociação dos direitos de subscrição do aumento de capital do BES. A partir de hoje começam a ser negociados mais de 4 mil milhões de direitos de subscrição de novas acções do BES, no âmbito do aumento de capital de 1.045 milhões de euros que o banco está a realizar e vão ser transaccionados em bolsa até 3 de Junho. Tendo em conta a cotação de fecho das acções na sessão desta segunda-feira, os direitos partem para a bolsa com um valor teórico de 9,12 cêntimos.

As acções do BES estão a subir 0,23% para 88 cêntimos, e os direitos estão a negociar nos 8,8 cêntimos.

Destaque ainda para a Espírito Santo Saúde que apresentou ontem ao final do dia os resultados do primeiro trimestre do ano. A empresa, liderada por Isabel Vaz, reportou um aumento dos lucros de 98,7% para 4,6 milhões de euros. As acções da ESS seguem a descer 0,19% para 3,603 euros.

As acções da Inapa também estão em foque, no dia em que o Negócio noticiou que a Inapa poderá ser alvo de uma nacionalização. As alterações accionistas na Inapa estão na mira da CMVM. A lei pode obrigar a CGD e a Parpública a lançarem uma OPA. As empresas ainda podem sinalizar a intenção de venda, o que evitará a operação. O regulador ainda não decidiu. Os títulos da Inapa sobem 1,79% para 28,5 cêntimos.

Nota: No dia em que uma cotada passa a negociar em bolsa sem direito ao dividendo, as acções sofrem um ajuste correspondente ao valor da remuneração. Esta descida de valor afecta o comportamento do índice em que a cotada está integrada, pelo que o Negócios noticia a variação real das acções e não a verificada após o ajuste do dividendo.

(Notícia actualizada às 08h19 com mais informação)