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Galp Energia sobe mais de 6% na semana

Numa semana em que beneficiou da revisão em alta tanto do preço-alvo como da recomendação por parte de diferentes casas de investimento, a Galp Energia somou acima de 6%. Esta sexta-feira a petrolífera voltou a tocar em máximos de cinco anos.

Sara Matos
09 de Dezembro de 2016 às 17:22
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Apesar de ter encerrado a sessão bolsista desta sexta-feira, 9 de Dezembro, a perder 0,22% para 13,865 euros, a Galp Energia fechou a semana com uma valorização acumulada de 6,16%. Uma vez mais, e a exemplo do já sucedido nas últimas sessões, esta sexta-feira a petrolífera nacional negociou em máximos de 1 de Novembro de 2011 ao ganhar 0,76% para tocar nos 14 euros.

 

Com a queda hoje verificada, a Galp Energia interrompeu um ciclo que contava quatro dias consecutivos a valorizar. Na sessão de hoje foram negociados menos de 1,5 milhões de títulos accionistas da cotada, valor que compara com a média diária dos últimos seis meses que é ligeiramente superior a 1,5 milhões. Já sob uma perspectiva semanal, a petrolífera registou a quarta semana seguida a acumular valor. Desde o início deste ano, a empresa já valorizou 29,34%.

 

Esta foi uma semana em que a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva beneficiou, em especial, de dois factores. Por um lado a tendência para o aumento do preço do petróleo, isto depois de na semana passada a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) ter acordado cortar a produção petrolífera já a partir de Janeiro de 2017. Uma medida que visa reduzir os níveis de produção dos actuais máximos históricos e assim impulsionar os preços.

 

Por outro lado, na segunda e terça-feira foram divulgadas análises de "research" que coincidiram na decisão de decretar aumentos do preço-alvo da Galp Energia e também das recomendações sobre os títulos da petrolífera.

 

O Citi aumentou o preço-alvo da cotada de 13 euros para 15 euros, enquanto o Deutsche Bank o elevou de 11 euros para 15,50 euros. As duas instituições financeiras também decidiram aumentar as respectivas recomendações, o Citi de "neutral" para "comprar" e o Deutsche Bank de "manter" para "comprar".

 

Para os analistas do Citi a decisão tomada na semana passada pela OPEP - corte de 1,2 milhões de barris por dia na produção petrolífera - contribuiu para "trazer solidez para aquilo que era uma frágil recuperação do [sector] petrolífero".

 

Também o Deutsche Bank refere que o aumento dos preços do petróleo induzido pelo acordo alcançado pela OPEP na reunião de Viena deverá levar a uma "importante melhoria no ‘cash flow’" das empresas deste sector.

 

Em relação à Galp propriamente dita, o Citi salienta que o aumento do preço-alvo e recomendação sobre a petrolífera nacional se fica a dever em especial à "substancial" redução dos riscos relacionados com a trajectória de crescimento das operações da cotada no mercado brasileiro.

 

Na mesma linha, o Deutsche Bank destaca que os riscos da operação da Galp no Brasil serão "materialmente reduzidos" em 2017, ano em que os investimentos no mercado brasileiro começarão a dar frutos de forma mais visível.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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