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Galp e EDPR afundam mais de 3,5% e dão ao PSI-20 a maior queda da Europa
A bolsa nacional destacou-se nas perdas, no cenário europeu, com a maioria das cotadas com sinal vermelho. A Galp e a EDP Renováveis, com descidas de mais de 3,5%, determinaram a desvalorização.
A bolsa nacional liderou as perdas na Europa esta quinta-feira, 25 de março, numa sessão marcada pela forte descida dos preços do petróleo e por um movimento de fuga ao risco por parte dos investidores, que penalizou os ativos de maior risco.
No segundo dia consecutivo de perdas, o PSI-20 desvalorizou 1,67% para 4.763,81 pontos, com 14 cotadas em queda, duas em alta e duas inalteradas.
Foi a maior descida entre os principais índices do Velho Continente, que registam perdas inferiores a 0,5%, numa altura em que persistem dúvidas em torno do controlo da pandemia e do ritmo da recuperação económica.
As grandes expectativas em torno da vacinação na Europa levaram alguns mercados a registar fortes ganhos no início do ano, mas os atrasos e reveses, como o da AstraZeneca, acabaram por confirmar as estimativas menos otimistas sobre o ritmo de inoculação, motivando a aversão ao risco que tem marcado o andamento dos mercados acionistas nas últimas sessões.
Paralelamente, o bloqueio do Canal do Suez está a motivar uma verdadeira montanha-russa nos preços do petróleo, com a matéria-prima a corrigir hoje das fortes subidas da sessão de ontem, arrastando consigo todo o setor do petróleo e gás, o principal responsável pela desvalorização dos índices.
Nesta altura, o Stoxx600 desce 0,16% para 422,68 pontos, penalizado também pelas cotadas ligadas às matérias-primas e pelas empresas do setor imobiliário.
Por cá, foi precisamente a Galp Energia uma das cotadas que mais pressionou o PSI-20, com uma desvalorização de 3,57% para 9,706 euros, a maior descida desde 26 de fevereiro (3,97%).
A contribuir esteve igualmente a EDP Renováveis, que recuou 3,69% para 16,72 euros, enquanto a EDP deslizou 1,12% para 4,847 euros.
Com sinal negativo encerraram também o BCP e a Nos, com quedas de 2,71% para 11,47 cêntimos e 1,81% para 3,040 euros, e as cotadas do setor do retalho: a Jerónimo Martins a ceder 0,90% para 13,275 euros e a Sonae a desvalorizar 2,19% para 78,15 cêntimos.
A Altri perdeu 0,34% para 5,845 euros, no dia em que confirmou que vai aumentar os preços da pasta de papel, e os CTT perderam 0,47% para 3,205 euros depois de o CaixaBank BPI ter subido o preço-alvo das ações em 20%, de 2,90 euros para 3,50 euros, mas baixado a recomendação de "comprar" para "neutral".