Notícia
Fundador de banco de investimento chinês incontactável. Ações chegaram a cair 50%
Títulos do China Renaissance fecharam a sessão com uma desvalorização de mais de 20%. A "indisponibilidade" de mais um alto executivo chinês faz lembrar casos anteriores de misteriosos desaparecimentos na China.
As ações do banco de investimento China Renaissance chegaram a afundar 50% durante a negociação desta sexta-feira, após as notícias de que o seu CEO e fundador, Bao Fan, está incontactável há vários dias. É mais um nome a juntar-se à lista de desaparecimentos mistério no país asiático.
Os títulos da empresa, cotada na bolsa de Hong Kong, chegaram a cair 50% para os cinco dólares de Hong Kong, tendo no final da sessão fechado nos 7,18 dólares - o que equivale a uma desvalorização de 28,29% face à última cotação de fecho.
Após divulgar que o fundador e CEO está incontactável, a empresa referiu, num comunicado citado pela Reuters, que "a administração não tem informação que indique que a indisponibilidade de Bao está ou poderá estar relacionado com o negócio ou a operação do grupo".
"Parece que ninguém tem pistas. É muito difícil perceber a história que está por detrás [do desaparecimento]. Penso que pode ser um peso sobre as ações a longo-prazo, uma vez que Bao é o homem chave da empresa", afirmou Willer Chen, analista sénior na Forsyth Barr Asia.
O desaparecimento de altos executivos financeiros na segundo maior economia mundial não é inédito, sendo que um dos casos mais sonantes foi o do magnata Xiao Jianhua, um dos homens mais ricos da China, que desapareceu de um quarto de hotel em Hong Kong em 2017. A imprensa aponta que este terá sido sequestrado por agentes de Pequim, tendo no ano ano passado sido condenado a 13 anos de prisão.
Também Jack Ma, fundador do Alibaba - gigante do comércio eletrónico - esteve em paradeiro desconhecido durante três meses no final de 2020, após tecer críticas ao sistema regulatório chinês.
Os títulos da empresa, cotada na bolsa de Hong Kong, chegaram a cair 50% para os cinco dólares de Hong Kong, tendo no final da sessão fechado nos 7,18 dólares - o que equivale a uma desvalorização de 28,29% face à última cotação de fecho.
"Parece que ninguém tem pistas. É muito difícil perceber a história que está por detrás [do desaparecimento]. Penso que pode ser um peso sobre as ações a longo-prazo, uma vez que Bao é o homem chave da empresa", afirmou Willer Chen, analista sénior na Forsyth Barr Asia.
O desaparecimento de altos executivos financeiros na segundo maior economia mundial não é inédito, sendo que um dos casos mais sonantes foi o do magnata Xiao Jianhua, um dos homens mais ricos da China, que desapareceu de um quarto de hotel em Hong Kong em 2017. A imprensa aponta que este terá sido sequestrado por agentes de Pequim, tendo no ano ano passado sido condenado a 13 anos de prisão.
Também Jack Ma, fundador do Alibaba - gigante do comércio eletrónico - esteve em paradeiro desconhecido durante três meses no final de 2020, após tecer críticas ao sistema regulatório chinês.