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Fortes quedas da Apple, Goldman e General Electric abalam Wall Street

Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, pressionados sobretudo pelas fortes descidas da Apple, Goldman Sachs e General Electric. Também as tabaqueiras e o sector da energia ajudaram à maré vermelha nos EUA.

Reuters
12 de Novembro de 2018 às 21:06
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O índice industrial Dow Jones fechou a sessão desta segunda-feira a perder 2,32% para 25.387,18 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 1,97% para 2.726,22 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite recuou 2,78% para 7.200,87 pontos.

 

O sector tecnológico foi um dos mais castigados na sessão de hoje, muito à conta da Apple, que afundou 5,04% para 194,17 dólares – o valor mais baixo desde 27 de Julho.

 

A empresa da maçã, liderada por Tim Cook, esteve a ser pressionada pelo facto de dois fornecedores terem revisto em baixa as estimativas para os seus resultados anuais, o que desencadeou um movimento de vendas (selloff) noutras fabricantes de componentes para os iPhones.

 

Os dois fornecedores que espoletaram esta reacção negativa, após cortarem as projecções para os seus resultados, foram a Lumentum Holdings (principal fornecedor da tecnologia de reconhecimento facial) e a fabricante de ecrãs Japan Display.

 

A Lumentum mergulhou 29,6% e arrastou outros fornecedores da Apple, muitos deles fabricantes de chips como a Cirrus Logic, Qorvo e Skyworks Solutions.

 

O sector tecnológico, que alimentou grande parte do movimento altista ("bull run") das bolsas dos EUA nos últimos nove anos, tem estado a sofrer grandes reveses e hoje perdeu 3,2%.

 

E hoje houve mais cotadas a perderem bastante terreno. Foi o caso da General Electric, que continua a ser pressionada por uma revisão em baixa do preço-alvo das suas acções, para 6 dólares, por parte do J.P. Morgan. A GE – que está em "mercado urso" (a cair mais de 20% desde o último máximo) desde a semana passada – encerrou a recuar 6,88% para 7,99 dólares, depois de ter chegado a perder mais de 10% durante a sessão. Desde Março de 2009 que o preço da cotada do sector industrial não quebrava a fasquia dos 8 dólares.

 

O CEO da General Electric, Larry Culp, veio dizer que a empresa está sobrecarregada com demasiadas dívidas e que precisa de vender urgentemente activos para poder reduzir os seus níveis de endividamento, o que veio piorar ainda mais o desempenho da empresa em bolsa.

 

Destaque ainda pela negativa para o Goldman Sachs, cujas acções afundaram hoje 7,79% para 205,30 dólares. Isto no dia em que o ministro malaio das Finanças, Lim Guan Eng, disse que o seu país está a tentar obter um reembolso total de todas as comissões que pagou ao Goldman por mediar negócios no valor de milhares de milhões de dólares ao fundo estatal 1MDB, que acabou por ficar em apuros.

 

Ainda no vermelho, destaque para as tabaqueiras, depois de ter sido noticiado que o regulador da saúde nos Estados Unidos contempla a possibilidade de proibir a venda de cigarros de mentol.

 

A culminar este dia de perdas esteve um sector que ainda chegou a dar um empurrão pela positiva, mas que entretanto inverteu: o da energia.

 

Os preços do petróleo chegaram a subir mais de 1%, a reagirem ao anúncio da Arábia Saudita de que cortará a sua produção em 500 mil barris por dia a partir de Dezembro – mas as novas advertências de Donald Trump, que insiste em ver preços mais baixos acabaram por ditar uma nova queda das cotações da matéria-prima, o que pressionou os títulos da energia.

 
O facto de hoje se assinalar o Dia do Veterano nos EUA não encerrou os mercados accionistas, mas os obrigacionistas estiveram de portas fechadas, o que fez com que os volumes de negociação fossem mais baixos.

"Com o mercado da dívida fechado, houve falta de um catalisador para levar as acções adiante", comentou à Reuters uma estratega de investimento da CFRA Research, Lindsey Bell.

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