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Fed mantém previsões de cortes de juros. S&P, Nasdaq e Dow Jones em máximos históricos

A Reserva Federal deixou os juros diretores inalterados, mas os decisores continuam a apontar para três cortes de juros este ano. A mensagem do banco central foi ouvida com otimismo pelo mercado, com os três índices a registaram máximos históricos e de fecho.

Reuters
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Os principais índices em Wall Street aceleraram no final da sessão, depois de a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter decidido manter a taxa dos fundos federais inalterada entre os 5,25% e os 5,5% e ter revelado que ainda espera três cortes dos juros diretores num total de 75 pontos base até ao final de 2024.

Os três índices registaram máximos históricos e de fecho. O S&P 500 somou 0,89% para 5.224,62 pontos. Durante a sessão chegou a tocar em máximos históricos nos 5.226,19 pontos. Também o Dow Jones alcançou terreno nunca antes pisado nos 39.529,13 pontos e encerrou nos 39.512,13 pontos, um máximo de fecho. Já o tecnológico Nasdaq subiu 1,25% para 16.369,41 pontos, depois de ter chegado aos 16.377,44 pontos.

No comunicado, o Comité Federal de Mercado Aberto (na sigla inglesa FOMC) salienta que os números do emprego "mantiveram-se robustos e a taxa de desemprego permanece baixa". Além disso, o banco central destaca que, apesar da inflação ter diminuído no último ano, "continua elevada".

Além de ter publicado a decisão sobre o futuro da sua política monetária, a Fed atualizou as suas perspetivas, conhecidas em inglês como "dot plot" (mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores).

Neste documento, o banco central continua a apontar (como em dezembro) para que a taxa dos fundos federais termine este ano nos 4,6% - o que implicará cortes dos juros até ao final do ano - , mas está mais pessimista para os próximos dois anos, antecipando que a taxa de referência caia para 3,9% em 2025 e chegue a 3,1% em 2026.

A Reserva Federal (Fed) norte-americana já começou, na reunião que terminou esta quarta-feira, a discutir o abrandamento do ritmo de redução de dívida contida no balanço, uma tarefa que o banco central espera que comece "muito em breve", revelou o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, durante a conferência de imprensa após o encontro de dois dias.

Já no que diz respeito a potenciais cortes de juros, Powell manteve o discurso de que será necessário que o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) esteja mais confiante quanto à queda da inflação e, para isso, serão necessários mais dados, pelo que não fecha a porta a que os juros diretores se mantenham elevados enquanto for "apropriado".

"O mercado está aliviado que a Fed ainda esteja a prever três cortes de juros este ano. As leituras da inflação mais elevada não desestabilizaram o plano da Fed até agora", comentou à Reuters Irene Tunkel, analista da BCA Research.

"Esta situação é coerente com as expectativas de base do mercado e é apenas marginalmente positiva para as acções, uma vez que este cenário estava totalmente previsto. Trata-se de um resultado que não prejudica ninguém", acrescentou.
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