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Fabricante de armas brasileira dispara mais de 400% com "efeito Bolsonaro"
A fabricante de armamento Taurus acumula uma valorização superior a 400% desde o início deste ano. Contudo, tem sido nas últimas semanas que a empresa tem registado valorizações mais expressivas ao beneficiar do "efeito Bolsonaro".
Depois da volatilidade inicial, a bolsa brasileira tem vindo a valorizar com a perspectiva de vitória de Jair Bolsonaro (extrema-direita) nas presidenciais brasileiras, cuja segunda volta tem lugar já este domingo. E há uma empresa que já disparou mais de 400% desde o início do ano, sobretudo desde que surgiram as primeiras sondagens a apontar para a vitória de Bolsonaro.
Trata-se da Taurus, uma fabricante de armas que no passado dia 19 de Março atingiu um máximo de 2014 ao tocar nos 12 reais por acção, cotação que representa uma valorização de 443% face ao primeiro dia de negociação bolsista da cotada em 2018.
Apesar de a Taurus estar a desvalorizar há duas sessões seguidas, a produtora de armamento acumula, mesmo assim, uma valorização de 387% desde o início deste ano, estando nesta altura com uma cotação de 10,40 reais.
Se em Agosto o máximo atingido pelos títulos da empresa foi de 2,46 reais, a divulgação de estudos de opinião favoráveis a Bolsonaro observada a partir de Setembro levou à subida acentuada das acções.
Esta evolução acontece apesar de os resultados financeiros da Taurus não apontarem nesse sentido. A cotada fechou o primeiro semestre com um prejuízo superior a 92 milhões de reais, uma quebra três vezes superior à registada no período homólogo.
A Taurus é uma das principais fabricantes mundiais de armas leves para utilização civil e militar. E está a beneficiar da intenção de Bolsonaro de adoptar uma legislação no Brasil idêntica à famosa Segunda Emenda feita à Constituição dos Estados Unidos, que consagrou na lei o direito ao uso e porte de armas pelos cidadãos norte-americanos.