O euro descia 0,74% face ao dólar, prejudicado pela subida da produção industrial nos Estados Unidos (EUA) no mês de Março, que lançou indícios de recuperação no sector após as quebras verificadas nos últimos meses.

A moeda única cotava nos 0,8820 dólares e recuava 1,48% relativamente à divisa nipónica, transaccionando nos 108,98 ienes. O euro chegou a cotar abaixo da barreira dos 0,88 dólares.

O euro era prejudicado pela divulgação de « dados que foram favoráveis ao dólar», referiu Leonardo Silva, analista do Banco Finantia, sublinhando que «a produção industrial norte-americana subiu ligeiramente, no que constitui um sinal de que o sector pode começar a quebrar a tendência de queda dos meses anteriores».

A produção industrial dos Estados Unidos (EUA) cresceu 0,4% em Março, depois de cair 0,4% no mês anterior, contrariando as previsões dos analistas e registando a primeira subida dos últimos seis meses, revelou hoje a Reserva Federal (FED) norte-americana.

De acordo com dados divulgados pelo Governo dos EUA, o índice de preços no consumidor (IPC) dos EUA cresceu 0,1% em Março, depois de avançar 0,3% em Fevereiro, naquela que foi a menor progressão desde Agosto do ano passado.

Estes dados «vieram confirmar que a inflação norte-americana não parece constituir um problema, pelo menos para já», pelo que a evolução dos preços «continua a deixar margem ao FED para continuar a baixar taxas», referiu o mesmo analista.

A principal taxa de juro do FED situa-se actualmente nos 5%, depois da autoridade monetária norte-americana ter baixado o preço do dinheiro por três vezes, num total de 150 pontos base, desde o início do corrente ano.

«Na quinta-feira serão divulgados os números sobre a inflação da Zona Euro», afirmou a mesma fonte, sublinhando que, caso se confirmem as expectativas de que estes se mantenham inalterados face ao mês anterior, isso irá «reforçar o sentimento de que o Banco Central Europeu (BCE) vai manter as taxas no nível actual por mais algum tempo».

A taxa de referência da autoridade monetária europeia, ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%, com o BCE a ser o único dos principais bancos centrais mundiais que ainda não desceu as taxas de juro desde o início deste ano.

Cada euro vale 200,482 escudos.