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Espectro de guerra comercial abala Wall Street

As bolsas norte-americanas voltaram a perder terreno, com os receios em torno de uma guerra comercial com os EUA intensificarem-se. Os investidores estão a agir com prudência, à espera da reunião da Fed na próxima semana.

EPA
14 de Março de 2018 às 20:10
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O tecnológico Nasdaq Composite, que na sexta-feira passada e na primeira sessão desta semana atingiu novos máximos históricos, fechou hoje a ceder 0,19% para 7.496,81 pontos.

 

Por seu lado, o Dow Jones cedeu 1% para 24.758,12 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,57% para 2.749,48 pontos.

 

A pressionar continuam a estar os receios em torno da imposição das tarifas norte-americanas sobre o aço e alumínio exportado para os Estados Unidos, fizeram aumentar a cautela junto dos investidores.

 

Hoje, Donald Trump anunciou também a intenção de impor novas tarifas à China, o que intensificou estes temores de uma guerra comercial – o que fará aumentar os custos e penalizará as exportações das empresas norte-americanas.

 

Estas preocupações, aliadas às remodelações que Trump tem vindo a fazer na sua Administração, têm penalizado as bolsas.

 

Além do mais, a queda nas vendas a retalho em Fevereiro nos Estados Unidos, pelo terceiro mês consecutivo, aponta para um crescimento pouco constante da maior economia do mundo – o que diminui os receios de uma aceleração no ritmo da subida dos juros mas que coloca pressão sobre as cotadas do sector.

 

Os investidores estão também expectantes em relação à reunião da Reserva Federal norte-americana, na próxima semana, esperando-se que a Fed, agora sob a batuta de Jerome Powell, proceda ao primeiro aumento de juros do ano.

 

Entre os títulos que mais se destacaram pela negativa estiveram a Kohl’s, Macy’s e Boeing. A construtora aeronáutica caiu mais de 2,5% depois de um fornecedor-chave ter dito que está a ser difícil, no actual trimestre, atender às exigências da maior produção do 737.

 

Também as cotadas do sector petrolífero voltaram a perder terreno, numa sessão volátil para os preços do crude nos mercados internacionais.

 

A pesar nas cotações da matéria-prima estive o facto de de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter elevado as suas estimativas relativamente ao aumento da oferta por parte dos EUA e outros produtores pelo quarto mês consecutivo.

 

A contribuir para pressionar os títulos da energia esteve igualmente o facto de os inventários norte-americanos de crude terem aumentado, na semana passada, mais do que se esperava.

 

Mas, ao final do dia, as cotações do ouro negro já estavam de novo registar ganhos, se bem que tímidos, dados os receios em torno da escolha de Trump para novo secretário de Estado, Mike Pompeo (em substituição de Rex Tillerson, demitido ontem pelo chefe da Casa Branca). Pompeo tem-se mostrado contra o acordo nuclear com o Irão, o que aumenta os receios em torno das tensões geopolíticas.

 

Do lado dos ganhos, destaque para a Ford, que somou perto de 3% depois de o Morgan Stanley ter revisto em alta a recomendação para as acções da fabricante automóvel, de "underweight" para "overweight".

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