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Emergência de saúde pública internacional iça Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico negociaram em baixa durante toda a sessão, penalizadas pelos receios do impacto que terá na economia mundial o vírus mortal com origem na China. No entanto, na reta final de negociação inverteram para terreno positivo, após a OMS decretar emergência de saúde pública internacional.
O Dow Jones encerrou a somar 0,43% para 28.858,53 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,31% para 3.283,66 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite fechou em alta, a ganhar 0,26% para 9.298,93 pontos.
As praças norte-americanas negociaram em baixa durante toda a sessão, mas na reta final da jornada inverteram para terreno positivo – isto depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter decretado emergência de saúde pública internacional devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) causada por um coronavírus que surgiu na cidade de Wuhan, na China, e que já se propagou a pelo menos 18 países.
Com esta decisão da OMS, os investidores ficaram mais otimistas, já que antecipam um reforço dos esforços a nível internacional para conter esta epidemia - que se receia que possa debilitar o já estado débil da economia mundial.
Do lado negativo, a United Parcel Service, vista como um barómetro do crescimento económico, caiu perto de 7% depois de as suas perspetivas para os lucros no trimestre em curso terem ficado aquém das estimativas dos analistas.
Também o Facebook e a Verizon perderam terreno, à conta de resultados trimestrais que dececionaram os investidores.
Do lado positivo estiveram cotadas como a Tesla e a Microsoft – cujos números, apresentados ontem depois do fecho da bolsa, agradaram ao mercado.
Mas mesmo a Tesla já disse prever que possa haver atrasos na produção dos seus veículos na China, à conta do coronavírus.
E a epidemia está a afetar muitas outras empresas. A McDonald’s e a Starburks, por exemplo, já encerraram milhares de estabelecimentos no país, ao passo que a Apple disse estar a preparar-se para sofrer perturbações na cadeia de fornecimento.