Notícia
EDP, retalho e CTT dão ganhos a Lisboa
A sessão desta terça-feira foi marcada por ganhos ligeiros em Lisboa, que assim acompanhou a maioria das pares europeias. Nos EUA, a incerteza manifestada por Janet Yellen face à política de Trump condiciona as negociações em Wall Street.
Os ganhos do universo EDP, além das valorizações dos títulos do sector do retalho, deram a primeira sessão de valorizações da semana à bolsa portuguesa, que terminou esta terça-feira, 14 de Fevereiro, em linha com os avanços do resto da Europa.
O PSI-20 fechou a valer 4.605,33 pontos, com um ganho de 0,19%, com 12 títulos em terreno positivo, quatro em queda e um inalterado.
A EDP e a EDP Renováveis avançaram 1,02% e 0,61% respectivamente, no dia em que o Negócios noticia que a eléctrica teve de comprar gás aos EUA devido à falta de chuva. Segundo dados divulgados ontem pela CMVM, a EDP Renováveis, além da Navigator e da Sonae, são as acções portuguesas em que os fundos nacionais mais investem.
Do lado das retalhistas, e no dia em que o INE atribuiu ao aumento da procura interna e ao "crescimento mais intenso" do consumo das famílias o crescimento de 1,4% do PIB em 2016, a Jerónimo Martins fechou a subir 0,37% para 16,22 euros e a Sonae a ganhar 0,61% para 0,826 euros.
A somar estiveram também os títulos dos CTT, encerrando nos 4,98 euros depois de um ganho de 0,61%, naquela que foi a segunda sessão de ganhos para os papéis da empresa postal.
A Pharol aprofundou as perdas da sessão de ontem, onde caiu mais de 10%, e terminou o dia com recuos de 1,04%, a acompanhar o comportamento das acções da Oi (de que é accionista de referência) em São Paulo, que registam perdas também superiores a 1% no caso dos títulos preferenciais.
Sem variação estiveram os títulos do banco liderado por Nuno Amado, que se mantiveram nos 0,1451 euros.
Depois de o CaixaBi ter ontem antecipado que a Galp terminou o ano passado com uma queda de 35,6% nos lucros (para 471 milhões de euros), as acções da companhia liderada por Carlos Gomes da Silva caíram 0,72% para 13,81 euros, sem acompanhar o movimento de subida dos preços do petróleo em Londres e Nova Iorque, que ronda 1%.
Nas demais praças europeias os índices prolongaram os ganhos do dia anterior, com o índice de acções Stoxx 600 - o mais abrangente do Velho Continente - a renovar máximos de mais de um ano, numa subida de 0,02%.
Na praça francesa, os papéis da Peugeot sobem 4,32% para 18,7 euros depois de a PSA (fabricante Peugeot-Citroën) ter admitido estar a estudar a compra da actividade da General Motors na Europa (Opel-Vauxhall), o que se reflecte no outro lado do Atlântico com valorizações também superiores a 4% nas acções da General Motors.
Já em Londres os títulos da Rolls Royce caem mais de 4% depois de o fabricante de motores para a aviação ter apresentado perdas de 4,6 mil milhões de libras em 2016. E em Frankfurt a Rheinmetall sobe mais de 5% depois de a UBS ter melhorado a recomendação para o título.
Em Wall Street a generalidade dos índices bolsistas norte-americanos mantém-se na linha de água, com os investidores a digerirem a possibilidade de nova subida dos juros nos EUA já na reunião de Março, como admitido esta terça-feira pela presidente da Reserva Federal, Janet Yellen.
Apesar de se manifestar aberta a essa possibilidade, a responsável acrescentou no entanto sinais de incerteza ao considerar que ainda é cedo para estimar o impacto das medidas económicas que venham a ser postas em prática pela administração Trump, o que contribui para menor apetite dos investidores em activos de maior risco.