Notícia
Dúvidas sobre acordo comercial desiludem Wall Street
As bolsas norte-americanas abriram em ligeira baixa, pressionadas pelas dúvidas quanto ao acordo comercial parcial anunciado ontem entre os EUA e a China.
O Dow Jones segue a ceder 0,07% para 28.112,82 pontos, depois de na negociação intradiária de ontem ter fixado um máximo histórico nos 28.224,95.
O S&P 500, por seu lado, recua 0,17% para 3.163,30 pontos, após tocar ontem no valor mais alto de sempre nos 3.176,28 pontos.
O tecnológico Nasdaq Composite também perde terreno, a desvalorizar 0,05% para 8.712,62 pontos. Durante a sessão da véspera estabeleceu um novo recorde nos 8.745,82 pontos.
Depois da euforia de ontem, com os principais índices norte-americanos a marcarem novos máximos históricos, fruto do acordo comercial parcial entre os EUA e a China, os relatos contraditórios que hoje se leem na imprensa norte-americana deixaram os investidores com dúvidas. Resultado: as bolsas regressaram ao vermelho em Wall Street.
Na sessão de quinta-feira, o dia foi de grande otimismo depois de um tweet do presidente Donald Trump a dizer que um "grande acordo" com a China estava "muito próximo".
A uma hora e pouco do final da sessão surgiram novos sinais a reforçar a perspetiva de acordo: fontes próximas do processo avançaram à Bloomberg que os negociadores norte-americanos e chineses já tinham definido os termos de um acordo comercial parcial (chamado de "fase um"), que esperava apenas pela aprovação do presidente Donald Trump.
E essa aprovação não demorou. Pelas 21:35 de Lisboa chegava a notícia da assinatura do chefe da Casa Branca, o que retirava do horizonte a entrada em vigor de uma nova fornada de tarifas aduaneiras a partir de 15 de dezembro.
Mas hoje o cenário mudou. O The Wall Street Journal refere que a China não confirmou este acordo, o que deixou os investidores nervosos.
"A China indicou que o acordo comercial de curto prazo com os EUA terá ainda de ser concluído, apesar da assinatura do presidente Trump, o que destaca a imprevisibilidade de um processo negocial que tem abalado as empresas e mercados globais", salienta o WSJ.
Mas Donald Trump já se pronunciou sobre o assunto na sua rede social de eleição, o Twitter, dizendo que aquilo que o The Wall Street Journal escreveu é completamente falso.
The Wall Street Journal story on the China Deal is completely wrong, especially their statement on Tariffs. Fake News. They should find a better leaker!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 13, 2019
Seja como for, há ainda questões por clarificar – tais como saber se as tarifas previstas para entrarem em vigor no domingo ficam de facto suspensas –, pelo que os investidores estão a optar pela prudência.