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Dow Jones estabelece novo máximo histórico mas S&P e Nasdaq falham entusiasmo

As bolsas norte-americanas negociaram em terreno misto, com o Dow Jones a atingir um novo recorde, apesar das quedas da General Electric. Já a Intel não chegou para manter o Nasdaq à tona e os títulos financeiros pressionaram o S&P 500 em dia de queda dos juros das obrigações dos EUA.

EPA
02 de Outubro de 2018 às 21:13
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O índice industrial Dow Jones encerrou a somar 0,46% para 26.773,94 pontos, tendo chegado a marcar um novo máximo de sempre durante a sessão, nos 26.824,78 pontos.

 

Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,04% para 2.923,43 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,47% para 7.999,55 pontos.

 

Os investidores estão a preferir apostar nas multinacionais em detrimento das cotadas de baixa capitalização ("small caps") após o novo Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA), provisoriamente denominado USMCA, entre os EUA, Canadá e México – tal como Donald Trump pretendia.

 

A maioria das empresas do S&P 500 ganhou terreno, com os investidores satisfeitos com as palavras do presidente da Fed, já que Jerome Powell afastou os receios em torno da inflação e assinalou que o endurecimento da política monetária é para continuar.

 

O Dow Jones foi sustentado por cotadas como a Caterpillar e a Boeing, ao passo que as "small caps" caíram para mínimos de dois meses.

 

Também a subida dos preços dos metais industriais impulsionou as fabricantes do sector.

 

Por sua vez, a Intel animou as tecnológicas, muito à conta da perspectiva positiva de um analista para a produção de chips – se bem que o Facebook e a Amazon tenham travado o movimento de subida no sector.

 

A empresa dirigida por Mark Zuckerberg pode ser multada pela falha de segurança que comprometeu milhões de contas da rede social. Já a retalhista online presidida por Jeff Bezos anunciou um aumento do seu salário mínimo no Reino Unido – depois de já ter feito o mesmo nos EUA – e cedeu em bolsa.

 

Do lado das perdas, destaque para os títulos financeiros, que acabaram por ofuscar muitos dos ganhos em Wall Street, sobretudo do S&P 500, numa sessão em que os juros da dívida norte-americana a 10 anos desceram para 3,05% - o que não é favorável à banca.

 

Também as fabricantes automóveis perderam terreno depois de reportarem vendas mensais aquém do esperado. A Tesla foi uma das que deslizou – apesar dos bons números de produção, a meta para o Model 3 continuou a decepcionar.

 

A fabricante de veículos eléctricos comandada por Elon Musk indicou ter produzido um número recorde de automóveis no terceiro trimestre, superando as 80 mil unidades, mas a produção do Model 3 ainda não atingiu as metas traçadas. A empresa revelou ainda que as tarifas aplicadas por Pequim à importação de carros poderão ter um forte impacto nas vendas na China – pelo que está a acelerar a construção da sua fábrica chinesa em Xangai.

 

Outra cotada que pressionou foi a General Electric, que recuou e influenciou negativamente outras cotadas do sector industrial, isto depois de uma advertência quanto ao "rating" da sua dívida.

 

Recorde-se que a GE despediu inesperadamente, na segunda-feira, o CEO John Flannery e substituiu-o por um administrador da empresa, Larry Culp.

 

Apesar da pressão da GE, as valorizações de outras empresas do sector industrial, como a Caterpillar e a Boeing, mantiveram o Dow Jones numa tónica positiva.

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