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CTT vão cancelar pagamento de dividendos
A administração vai propor à assembleia geral de acionistas recuar na intenção de pagar um dividendo de 11 cêntimos por ação, referente aos resultados de 2019.
Os CTT querem cancelar a distribuição do dividendo de 11 cêntimos por ação referente ao exercício de 2019, devido à incerteza económica provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa informa que irá propor à Assembleia Geral Anual que o resultado líquido de 2019 seja destinado a integrar Resultados Transitados e, adicionalmente, que não seja alocada parte dos lucros do exercício aos trabalhadores e administradores executivos dos CTT.
"Dada a incerteza económica e ainda pouco clara noção da gravidade da crise da covid-19, e apesar da sólida posição do Balanço de que a empresa dispõe atualmente, o conselho de administração considerou relevante, tanto para a empresa como para os seus stakeholders, reverter a sua intenção de propor à Assembleia Geral de Acionistas um dividendo de 0,11 euros por ação, anteriormente divulgada ao mercado", lê-se no comunicado dos correios.
A empresa sublinha que continua "empenhada" em apresentar retorno e remuneração acionista sustentáveis no longo prazo, mas que "dadas as atuais circunstâncias excecionais", considera "prioritário assegurar tanto a continuidade imediata do negócio como o investimento em iniciativas" que ajudem os clientes nas suas atividades de comércio eletrónico.
"Esta ação reforça as reservas de liquidez da empresa e permite-lhe apostar na resiliência e sustentabilidade do negócio no longo prazo", reforça a empresa liderada por João Bento.
Os CTT informam ainda que foi pedido à Mesa da Assembleia Geral a desconvocação da reunião da Assembleia Geral Anual agendada para dia 21 de abril, passando-a para dia 29 de abril e feita exclusivamente por meios telemáticos.
No comunicado à CMVM, o Conselho de Administração dos CTT recorda que os serviços de correio, encomendas e financeiros mantêm-se a funcionar em pleno, apesar dos efeitos da covid-19.
No entanto, os CTT preveem quedas nos rendimentos do correio, encomendas e serviços financeiros durante os próximos meses, dependendo da severidade das restrições decorrentes do estado de emergência nos países em que a empresa opera.
(Notícia atualizada às 08:49 com mais informações)