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Cotadas da energia afundam com derrocada do petróleo em sessão mais curta nos EUA

As bolsas norte-americanas encerraram em baixa neste regresso à negociação após a pausa de quinta-feira para celebração do dia de Acção de Graças. A forte queda dos preços do petróleo pressionou as cotadas do sector da energia e arrastou Wall Street para o vermelho.

Reuters
23 de Novembro de 2018 às 18:14
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O índice industrial Dow Jones fechou a recuar 0,73% para 24.285,95 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,66% para 2.632,56 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,48% para 6.938,98 pontos.

 

Os preços do petróleo estão a negociar em forte queda, a perderem mais de 6% nos principais mercados internacionais e em mínimos de Outubro do ano passado. O Brent do Mar do Norte – negociado em Londres, e que serve de referência às importações europeias – segue a valer menos de 60 dólares por barril e o West Texas Intermediate, transaccionado no mercado nova-iorquino, transacciona abaixo dos 51 dólares.

 

Numa altura em que se regista uma desaceleração do crescimento económico mundial – um efeito acentuado pela guerra comercial entre os EUA e a China –, a procura por petróleo tenderá a diminuir. No entanto, a oferta não estará a ajustar-se: os sinais dados são de que a oferta (produção de barris) continuará elevada, o que pressionará os preços. E nem o previsível corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus aliados parece ser suficiente para dissipar os receios dos investidores.

 

Tudo isto pressionou fortemente as cotadas da energia, com empresas como a Devon Energy, Halliburton e Marathon Oil a mergulharem mais de 3,5%.

 

Ainda nas matérias-primas, o contexto de abrandamento económico está a penalizar os metais industriais, com especial relevo para o cobre, o que acabou por ditar uma queda das cotadas deste subsector das "commodities".

 

Uma mineira em destaque pela negativa é a Freeport-McMoRan, que fechou a cair 4,78% para 10,87 dólares por acção.

 

Nas tecnologias, os apuros da Apple continuam a pressionar o sector, tendo a empresa da maçã encerrado a recuar 2,54% para 172,29 dólares.

 

Também o clima de perturbação política na Europa esteve a contribuir para a cautela dos investidores, especialmente a incerteza quanto aos termos do Brexit – há acordo delineado entre Londres e Bruxelas, mas está longe de finalizado e não recolhe unanimidade no Reino Unido.

 

O contexto de tensões comerciais entre Washington e Pequim esteve igualmente a deixar os investidores mais prudentes, numa altura em que se especula se os EUA e a China conseguirão chegar a um acordo na reunião de dois dias do G20 na próxima semana (que decorre na sexta-feira 30 de Novembro e no sábado 1 de Dezembro) na Argentina.

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