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Cimpor e Teixeira Duarte caem mais de 3%
A Cimpor e a Teixeira Duarte perdiam mais de 3%, limitando os ganhos da Bolsa nacional. A construtora foi a única interessada na privatização da cimenteira, e estará a ser penalizada pelo elevado preço da participação de 10,049% que o Estado ainda detém.
«O preço exagerado fixado pelo Governo e a manutenção da “golden share” nos estatutos da Cimpor, afastaram os outros interessados. A Cimpor tem vindo a corrigir de um máximo de 34 euros (6.816 escudos)», explicou um operador ao Negocios.pt.
A empresa liderada por Sousa Gomes negociou hoje no mínimo de 24,02 euros (4.816 escudos), o que representa uma descida de 3,3%, enquanto a Teixeira Duarte desvalorizava 4,84% para cotar nos 1,18 euros (237 escudos).
O preço mínimo unitário de 30,4 euros (6.095 escudos) estabelecido pelo Governo e a blindagem dos estatutos da Cimpor, que não conferem os respectivos direitos de voto, provocaram uma falta de interesse neste processo de privatização.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a analisar os direitos de voto no capital da Cimpor que são imputados ao Grupo Teixeira Duarte. O órgão supervisor do mercado admite mesmo que os 17,4% dos direitos de voto no capital da Cimpor sejam na sua totalidade imputados legalmente à Teixeira Duarte.
A Secil, do Grupo Semapa [SEMA], a Holderbank, a Lafarge e o Banco Comercial Português (BCP) [BCP], detêm respectivamente 10% do capital da maior cimenteira nacional, o máximo permitido sem autorização prévia do Ministério das Finanças.
Às 11h20, a Cimpor recuava 2,98% para os 24,10 euros (4.832 escudos) e a Teixeira Duarte perdia 4,84% para cotar nos 1,18 euros (237 escudos), o mínimo da sessão.