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Bolsas dos EUA sobem com alívio de receios com a guerra comercial

As bolsas dos EUA voltaram à negociação com ganhos, numa altura em que os receios em torno da guerra comercial abrandaram.

As obrigações soberanas não têm sido o activo mais popular nos últimos anos, devido às rentabilidades negativas. Mas, em momentos de maior turbulência, é neste tipo de activos que a maioria dos investidores procura refúgio. E, desta vez, não será excepção. A maioria dos especialistas prefere, porém, a exposição às 'treasuries' norte-americanas.

'Com a maioria da economia mundial a abrandar decidimos aumentar a nossa alocação em títulos de dívida, sobretudo obrigações norte-americanas', escreve o Pictet numa nota de estratégia, divulgada na semana passada. A gestora de activos diz que há vários factores que favorecem a exposição às 'treasuries', face, por exemplo, às 'bunds' alemãs. 'Os mercados accionistas tendem a ser mais voláteis durante Julho e Agosto, o que pode levar a uma maior procura por obrigações soberanas dos EUA', explicam os especialistas.

Já a Amundi 'continua a favorecer títulos com uma duração curta nas obrigações 'core' devido às avaliações caras e ao fim dos estímulos que se está a aproximar'. Fora da dívida, os investidores podem ainda procurar refúgio no mercado cambial. Além do iene, uma das principais apostas dos investidores em momentos de maior instabilidade, o dólar é outro dos refúgios. Devido à divergência na política monetária entre os EUA e a Zona Euro, a nota verde deverá valorizar face ao euro.
EPA
05 de Abril de 2018 às 14:39
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Depois de uma sessão marcada por uma elevada volatilidade – os índices americanos iniciaram o dia a cair 2% e fecharam a subir 1% - as bolsas americanas regressaram aos ganhos. A guerra comercial tem sido a principal razão para as fortes oscilações dos índices, com os investidores nervosos com o rumo das negociações ou ausência destas entre a China e os EUA.

 

Os investidores acordaram ontem com a notícia de que a China respondeu "à letra" aos EUA sobre as tarifas às importações. Depois de a Administração Trump ter publicado a lista dos 1.300 produtos chineses alvo de agravamento das tarifas para entrarem nos EUA, Pequim anunciou que vai aumentar as tarifas a 106 produtos americanos. Quer de um lado quer do outro em causa estão 50 mil milhões de dólares.

 

À tarde o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, referiu que a Administração Trump está disposta a negociar com a China para tentar resolver estas fricções. E afastou a entrada numa III Guerra Mundial. E estas declarações acalmaram os receios dos investidores, o que acabou por ditar uma subida de 1% dos índices bolsistas do outro lado do Atlântico.

 

Os ânimos parecem continuar calmos, com as bolsas a regressarem aos ganhos esta quinta-feira, 5 de Abril, dia em que o governo americano revelou que saldo negativo da balança comercial dos EUA aumentou 1,59% em Fevereiro, ascendendo a 57.600 milhões de dólares (46,9 mil milhões de euros), o valor mais elevado em mais de nove anos, revelou esta quinta-feira o Departamento do Comércio norte-americano. 

O Dow Jones sobe 0,71% para 24.436,59 pontos e o Nasdaq aprecia 0,91% para 7.106,34 pontos. O S&P500 avança 0,5% para 2.658,17 pontos. 

As acções do Facebook, que têm estado sob pressão devido ao escândalo de acesso aos dados de utilizadores indevidamente, estão hoje a subir mais de 3% para 160,11 dólares. 

A subir estão também os títulos da Amazon, que avançam mais de 1% para 1.437,17 dólares, continuando a recuperar das quedas provocadas pelos comentários de Donald Trump sobre o pagamento de impostos da retalhista. Durante o fim-de-semana e no arranque da semana o presidente dos EUA defendeu que a Amazon pagava poucos impostos e beneficiava de descontos elevados dos correios. Apesar das ameaças de Trump, fontes da Casa Branca garantiram às agências de informação que não estão a ser preparadas quaisquer medidas direccionadas para a Amazon. Algo que acabou por acalmar os receios dos investidores em torno desta cotada. 

Em alta estão também as acções da Alcoa, a ganharem 0,58% para 47,19 dólares, bem como da Boeing, que apreciam mais de 1%, e da Caterpilar, que crescem 1,5%.

(Notícia actualizada com mais informação)

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