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Bolsas dos EUA sobem com alívio de receios com a guerra comercial
As bolsas dos EUA voltaram à negociação com ganhos, numa altura em que os receios em torno da guerra comercial abrandaram.
Depois de uma sessão marcada por uma elevada volatilidade – os índices americanos iniciaram o dia a cair 2% e fecharam a subir 1% - as bolsas americanas regressaram aos ganhos. A guerra comercial tem sido a principal razão para as fortes oscilações dos índices, com os investidores nervosos com o rumo das negociações ou ausência destas entre a China e os EUA.
Os investidores acordaram ontem com a notícia de que a China respondeu "à letra" aos EUA sobre as tarifas às importações. Depois de a Administração Trump ter publicado a lista dos 1.300 produtos chineses alvo de agravamento das tarifas para entrarem nos EUA, Pequim anunciou que vai aumentar as tarifas a 106 produtos americanos. Quer de um lado quer do outro em causa estão 50 mil milhões de dólares.
À tarde o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, referiu que a Administração Trump está disposta a negociar com a China para tentar resolver estas fricções. E afastou a entrada numa III Guerra Mundial. E estas declarações acalmaram os receios dos investidores, o que acabou por ditar uma subida de 1% dos índices bolsistas do outro lado do Atlântico.
Os ânimos parecem continuar calmos, com as bolsas a regressarem aos ganhos esta quinta-feira, 5 de Abril, dia em que o governo americano revelou que o saldo negativo da balança comercial dos EUA aumentou 1,59% em Fevereiro, ascendendo a 57.600 milhões de dólares (46,9 mil milhões de euros), o valor mais elevado em mais de nove anos, revelou esta quinta-feira o Departamento do Comércio norte-americano.
O Dow Jones sobe 0,71% para 24.436,59 pontos e o Nasdaq aprecia 0,91% para 7.106,34 pontos. O S&P500 avança 0,5% para 2.658,17 pontos.
As acções do Facebook, que têm estado sob pressão devido ao escândalo de acesso aos dados de utilizadores indevidamente, estão hoje a subir mais de 3% para 160,11 dólares.
A subir estão também os títulos da Amazon, que avançam mais de 1% para 1.437,17 dólares, continuando a recuperar das quedas provocadas pelos comentários de Donald Trump sobre o pagamento de impostos da retalhista. Durante o fim-de-semana e no arranque da semana o presidente dos EUA defendeu que a Amazon pagava poucos impostos e beneficiava de descontos elevados dos correios. Apesar das ameaças de Trump, fontes da Casa Branca garantiram às agências de informação que não estão a ser preparadas quaisquer medidas direccionadas para a Amazon. Algo que acabou por acalmar os receios dos investidores em torno desta cotada.
Em alta estão também as acções da Alcoa, a ganharem 0,58% para 47,19 dólares, bem como da Boeing, que apreciam mais de 1%, e da Caterpilar, que crescem 1,5%.
(Notícia actualizada com mais informação)