A Bolsa nacional seguiam com perdas de pouca dimensão, pressionada pela Portugal Telecom e BCP, acompanhando a evolução depressiva das praças europeias, que seguiam condicionadas pela DaimlerChrysler. O PSI-20 descia 0,07%.

O PSI-20 marcava 6.002,87 pontos, com quatro empresas a subir, oito em queda e as restantes inalteradas.

Numa Europa em queda, o sinal de destaque na Euronext Lisbon era a fraca liquidez e a diminuta oscilação entre as principais acções. O Banco Comercial Português [BCP] seguia a cair 0,62% nos 1,61 euros e a Portugal Telecom depreciava 0,15% até aos 6,46 euros, mantendo a tendência depressiva das últimas sessões.

Os analistas dizem que a PT deve continuar pressionada até à apresentação de resultados na segunda quinzena de Setembro.

A Electricidade de Portugal [EDP] somava 0,51% para os 1,97 euros, com os investidores a digerirem os resultados e os comentários do presidente da eléctrica.

A impulsionar o índice continuava a Brisa [BRISA], que valorizava 0,8% para os 5,07 euros. A concessionária de auto-estradas tem somado valor desde que apresentou resultados e já está em máximos desde Junho.

DAX lidera perdas na Europa pressionado pela DaimlerChrysler

O índice da Bolsa de Frankfurt, o DAX, seguia a liderar as perdas nas principais Bolsas europeias, pressionado pela desvalorização da construtora de automóveis DaimlerChrysler e pela queda da empresa de software SAP AG.

O DAX seguia a cair 0,86%, para os 3.637,62 pontos.

As acções da DaimlerChrysler, o quinto maior construtor automóvel a nível mundial, seguiam em queda de 2,1%, para os 35,78 euros. Segundo vários analistas do mercado, a empresa esta a perder valor devido à falta de notícias animadoras em relação à economia norte-americana, o principal mercado desta construtora.

A tecnológica SAP, seguia perder 2,63% para os 122,83 euros por acção.

A Bolsa de Paris seguia em baixa de 0,38%, para os 3.398,77 pontos, com a CAP Gemini, a Pinault-Printemp e a Sodexho Alliance a liderar as quedas, ao desvalorizarem 2,89%, 3,09% e 4,99% respectivamente.

A pesar positivamente no índice da Bolsa francesa, seguia a Lafarge, com uma valorização de 2,62%, para os 65,45 euros por acção.

O IBEX-35, da Bolsa de Madrid, seguia a perder 0,28%, para os 7.253,10 pontos. A Repsol e a Enagas lideravam as perdas ao desvalorizarem 1,40% e 1,08% respectivamente. A Repsol estava a transaccionar-se nos 15,48 euros por acção e a Enagas seguia nos 7,34 euros.

Dos títulos que seguiam positivos na praça madrilena o destaque vai para a Sogecable, com uma valorização de 1%, para os 22,18 euros por acção, e a Sacyr Vallehermoso, a ganhar 0,95% para os 10,67 euros por cada título transaccionado.

Os investidores estão preocupados com o facto das acções poderem estar já sobrevalorizadas o que poderá significar, no curto-prazo, uma correcção do mercado. Para muitos, as fortes valorizações verificadas nas últimas sessões poderão estar a antecipar uma retoma económica que ainda não está definitivamente comprovada.