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Bolsa de Lisboa acentua quedas penalizada pelo BCP

A bolsa de Lisboa acelerou o ritmo das perdas, acompanhando a tendência de queda na Europa. Perde mais de 1% pressionada principalmente pelo BCP. A subida dos juros e a exposição a Angola estão a penalizar o sector financeiro.

Bloomberg
07 de Abril de 2016 às 11:39
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A bolsa de Lisboa acentua a tendência de queda que marcou a abertura e segue agora a cair mais de 1%. O PSI-20 está a recuar 1,19% para 4.790,92 pontos, pela sexta sessão consecutiva. Numa sessão em que 11 cotadas estão a perder valor, quatro avançam e três estão inalteradas, o BCP é a acção que mais pressiona o índice. As quedas da Jerónimo Martins, Galp Energia e Nos também contribuem para a tendência negativa.

Na Europa, as principais praças europeias registam perdas ligeiras, inferiores a 1%. O índice Stoxx 600 recua 0,38%, pressionado pela banca e fabricantes automóveis.

Em Lisboa é também a banca que mais penaliza. O BCP recua 3,95% para 3,16 cêntimos, o valo mais baixo desde 24 de Fevereiro, numa altura em que a situação em Angola está a pressionar as cotadas com exposição à economia, após o anúncio do pedido de empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em Portugal, a percepção do risco também está a agravar-se penalizando as acções da banca. No mercado secundário de dívida, os juros portugueses estão a avançar pela quarta sessão. A taxa das obrigações a dez anos sobe 5,8 pontos base para 3,242%, agravando o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida portuguesa em detrimento da alemã para 314,15 pontos.

Cotadas em Angola penalizadas

O BPI também cai 2,06% para 1,14 euros, numa altura em que se aproxima o prazo dado pelo BCE ao BPI para resolver a exposição aos grandes riscos em Angola. Os analistas acreditam num entendimento entre o CaixaBank e Isabel dos Santos. Ainda assim, os títulos perdem pela terceira sessão consecutiva.

Entre as cotadas com exposição a Angola, destaca-se ainda a Mota-Engil, com uma perda de 2,74% para 1,71%. A Nos, onde a empresária Isabel dos Santos está presente através da participação na Zopt, também perde 1,28% para 5,763 euros. Isto apesar da nota positiva emitida pelo Haitong, com uma subida do preço-alvo das acções para 7,9 euros.

A Galp Energia também recua 1,37% para 10,475 euros, apesar dos ganhos da matéria-prima nos mercados internacionais. O Brent, negociado em Londres, utilizada como indicador de referência pela petrolífera nacional, sobe 0,45% para 40,02 dólares por barril.

A tendência é comum ao sector energético: a EDP perde 0,14% para 2,938 euros e a EDP Renováveis cai 0,59% para 6,397 euros.

A Jerónimo Martins é a segunda cotada que está a retirar mais pontos ao índice de referência nacional. A retalhista está a desvalorizar 1,56% para 14,49 euros, afastando-se dos máximos de de Dezembro de 2013, em que tocou na sessão anterior. No retalho, a Sonae contraria o desempenho da concorrente e sobe 0,2% para 0,992 euros.

Pela positiva destaca-se ainda a Corticeira Amorim que aprecia 0,72% para 6,75 euros. A nova cotada do PSI-20 aprecia após o CaixaBI ter melhorado a avaliação das acções, na sessão anterior.

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