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Bolsa sobe pela quarta sessão com retalho a compensar queda da energia

O Montepio foi a estrela da sessão, que também foi animada para as acções da Impresa e Ibersol. A Galp e a EDP limitaram os ganhos.

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05 de Julho de 2017 às 16:49
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A bolsa nacional fechou em alta pela quarta sessão consecutiva, numa sessão em que a subida das acções das cotadas do sector do retalho foi suficiente para compensar a queda dos títulos da Galp Energia e EDP.

 

O PSI-20 avançou 0,43% para 5.203,3 pontos, com 13 cotadas em alta e seis em terreno negativo.

 

As bolsas europeias também evoluíram com sinal positivo, numa sessão em que as tecnológicas comandaram os ganhos e voltaram a ser publicadas notícias positivas para a economia europeia, com o indicador compósito da IHS Markit, que junta as expectativas dos gestores de compras das áreas dos serviços e da indústria na Zona Euro, a registar entre Abril e Junho o melhor trimestre em seis anos.

  

A marcar a sessão está também a expectativa dos investidores com as minutas da reunião da Reserva Federal (publicadas esta tarde) e do Banco Central Europeu (serão divulgadas na quinta-feira).

 

"O mercado vai prestar especial atenção para ver se as minutas sugerem que a queda recente da inflação é ‘transitória’, e se a subida dos juros vai continuar nas cartas, a menos que a economia norte-americana desacelere", disse à Reuters Lukman Otunuga, analista da FXTN Research.

 

Em Lisboa a sessão foi marcada pela subida acentuada das unidades de participação do fundo do Montepio, depois de ontem a associação mutualista ter anunciado a oferta pública de aquisição da fatia que não controla naquele fundo ao preço de um euro por título. Os títulos dispararam 99,20% para 99 cêntimos. 

 

Ainda na banca, o Banco Comercial Português valorizou 0,04% para 24,21 cêntimos. Numa nota publicada hoje, a DBRS reconhece as melhorias alcançadas pelo banco liderado por Nuno Amado nos últimos tempos, mas alerta para o "ainda elevado" nível de crédito malparado. A notação financeira do BCP permaneceu em "BB" (alto), o que representa um grau especulativo, conhecido como "lixo".

 

A Ibersol destacou-se com uma valorização de 3,82% para 14,535 euros, depois do Haitong ter revisto em alta (+27% para 19,30 euros), o preço-alvo para a cotada, conferindo às acções um potencial de subida superior a 34%.

 

O retalho contribui de forma positiva para o ganho do PSI-20, com a Jerónimo Martins a avançar 0,94% para 17,215 euros e a Sonae SGPS a valorizar 1,05% para 0,966 euros. NO sector da pasta e papel o dia também foi de ganhos, com a Navigator a subir 1,46% para 3,747 euros e a Altri a avançar 0,54% para 4,098 euros.

 

Fora do PSI-20 o ganho mais expressivo foi protagonizado pela Impresa, que disparou 9,93% para 0,476 euros, anulando assim o comportamento negativo das duas sessões anteriores. A subida expressiva da dona da SIC surge depois de Paulo Neves, presidente da PT, ter afirmado que a Altice contiua a falar com a Prisa com vista a comprar a TVI e que "os conteúdos são algo importante da nossa estratégia, como factor diferenciador da nossa oferta".

 

A limitar os ganhos do PSI-20 esteve a Galp Energia, que recuou 1,6% para 13,24 euros. O petróleo desce mais de 3% nos mercados internacionais depois de a Rússia ter dado indicações que não está disponível para implementar mais cortes na produção da matéria-prima.

 

Ainda na energia a EDP desvalorizou 1,48% para 2,858 euros, corrigindo parte dos ganhos conseguidos na véspera devido à notícia da Reuters (entretanto desmentida) que a Gas Natural estava a sondar a empresa portuguesa com vista a uma fusão entre as duas eléctricas.

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