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Bolsa chinesa é a pior do mundo em 2018. Guerra comercial "apaga" 2,4 biliões de dólares

O índice de referência, o Shanghai Composite, acumula uma queda de 25% desde o início do ano, num período que foi marcado pela guerra comercial entre os EUA e a China. Esta tensão retirou 2,4 biliões de dólares à bolsa de Xangai.

28 de Dezembro de 2018 às 11:16
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Foi um ano negro para a bolsa chinesa, marcado pelo abrandamento da economia do país, mas sobretudo pela guerra comercial entre os EUA e a China. O impasse entre os dois países "limpou" 2,4 biliões de dólares ao valor das acções, naquela que é a perda mais elevada de sempre, de acordo com os dados da Bloomberg. 

 

Desde o início do ano, o Shanghai Composite Index (SCI) acumula uma queda de 25%. Estas perdas atiram o índice de referência para o pior desempenho entre os maiores índices mundiais.

 

Os volumes de negociação também têm vindo a encolher. A média diária nos índices de Xangai e de Shenzhen caiu para cerca de 368 mil milhões de yuans (53,7 mil milhões de dólares) este ano, o valor mais baixo desde 2014. Hoje, na última sessão antes do final do ano, foram negociados apenas 239,1 mil milhões de yuans, o que representa um décimo em comparação com o pico de 2015.
É que, como explica a Bloomberg, embora os investidores estrangeiros continuem a investir em acções, têm feito pouco para travar as quedas. A agência de notícias refere mesmo que não há fuga possível quando mesmos os activos considerados seguros estão a recuar.

 

Estas quedas acontecem num cenário de abrandamento da economia da China, que tem vindo a penalizar a despesa das famílias e a pressionar as acções ligados ao consumo. Este sector recua quase 30% desde o arranque do ano.

Mas também de uma guerra comercial entre Donald Trump e os responsáveis chineses, que vai prolongar-se no próximo ano. De acordo com a Reuters, uma delegação do governo norte-americano viajará para Pequim na semana de 7 de Janeiro para se reunir com as autoridades chinesas. 

A reunião do próximo mês será a primeira discussão frente-a-frente entre os dois lados, desde que o presidente Donald Trump e o seu homólogo chinês Xi Jinping concordaram com uma trégua de 90 dias na Argentina no início deste mês.

É também mais um sinal de progresso no alívio nas tensões entre os dois países, depois de Pequim ter anunciado no início desta semana uma terceira ronda de cortes nas tarifas sobre mais de 700 produtos, como parte dos seus esforços para abrir a economia e reduzir os custos para os consumidores chineses.

Os EUA, por seu lado, no âmbito da trégua de 90 dias, acordaram suspender o aumento das tarifas sobre 200 mil milhões de dólares de importações da China, enquanto decorrerem as negociações.

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