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BCP e Nos ditam quinta queda da bolsa nacional
A bolsa nacional encerrou pelo quinto dia em terreno negativo penalizada sobretudo pelas acções do Banco Comercial Português e pela Nos. Entre as restantes praças do Velho Continente o sentimento é sobretudo de ganhos.
A bolsa nacional termina desta quarta-feira, 11 de Janeiro, em terreno negativo. Esta foi a quinta sessão consecutiva de perdas. O PSI-20 desvalorizou 0,61% para 4.589,92 pontos, com 13 cotadas em queda e cinco em alta.
Entre as restantes praças europeias o sentimento foi sobretudo de perdas. A negociação nas principais praças europeias foi marcada esta quarta-feira pela revelação da Arábia Saudita. Ríade anunciou que está a proceder a um corte nas vendas de petróleo para a China e outros países asiáticos. Além disso, o índice britânico Footsie 100 avançou já 0,4%, o que representa o 12.º dia de ganhos e o 10.º recorde consecutivo.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, realiza hoje a sua primeira conferência de imprensa após ter sido eleito. Agendada para as 16:00 (hora de Lisboa), a conferência de imprensa começou com um pequeno atraso, e coincide com os últimos minutos de negociação na Europa.
Em Lisboa, as acções do Banco Comercial Português (BCP) foram as que mais penalizaram a negociação, bem como, os títulos da Nos.
Os títulos do banco liderado por Nuno Amado caíram 8,42% para 84,54 cêntimos um novo mínimo histórico.
Esta evolução tem lugar depois de na última segunda-feira ter sido anunciado que o banco vai realizar um aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros, com as novas acções a serem vendidas a 9,4 cêntimos. A Fosun, através da "holding" Chiado, vai investir um máximo de 531 milhões de euros para reforçar a sua posição no banco liderado por Nuno Amado para elevar para 30% a sua posição no BCP.
"A cotação do BCP deve continuar pressionada, apesar de existir o compromisso da Fosun, subscrever mais 40% do montante do aumento de capital, para ficar com 30% do banco. Alguns accionistas estão à espera da transacção dos direitos, pelo que até essa data a cotação deve manter-se pressionada", explica Pedro Lino, presidente executivo da Dif Brokers, em declarações ao Negócios.
Ainda no sector financeiro, o BPI cedeu 0,18% para 1,13 euros. O Montepio perdeu 0,24% para 41,6 cêntimos.
A Nos terminou o dia a desvalorizar 1,83% para 5,317 euros. A Pharol, por outro lado, subiu 0,90% para 22,5 cêntimos.
A Jerónimo Martins terminou o dia a ceder 0,19% para 15,925 euros. E a concorrente Sonae recuou 1,63% para 84,5 cêntimos.
No sector energético, não se verifica uma tendência definida. A EDP Renováveis terminou o dia a cair 1,38% para 5,73 euros e a REN terminou o dia a perder 0,58% para 2,592 euros.
Por outro lado, a EDP somou 0,47% para 2,753 euros. Ontem o CaixaBI emitiu uma nota de research onde reduz preço-alvo da EDP e melhora recomendação da empresa liderada por António Mexia.
A Galp Energia terminou o dia a subir 0,57% para 14,15 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a disparar nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, sobem 2,68% para 55,08 dólares por barril.
(Notícia actualizada às 16:51)