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Banca lidera perdas e leva PSI-20 a recuar mais de 2%

A bolsa nacional está a negociar em baixa de 2,2% e a prolongar a desvalorização da última sessão, com o sector da banca a destacar-se pela negativa. Se o índice principal fechar ao nível actual será a maior perda diária desde dia 3 de Julho.

04 de Dezembro de 2013 às 16:04
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O PSI-20 está a desvalorizar 2,20% para 6.355,50 pontos, com 19 cotadas em queda e apenas uma a valorizar. Entre as principais praças europeias o dia é de perdas em torno de 1%. O índice europeu Stoxx 600 desvaloriza 0,82% para 316,50 pontos, naquela que é a quarta sessão consecutiva no vermelho.

 

Se fechar ao nível em que se encontra a negociar actualmente, o índice nacional irá registar a maior desvalorização desde o dia 3 de Julho, quando as acções nacionais incorporaram a notícia de que o parceiro de coligação do Governo, Paulo Portas, pediu a demissão do Executivo, depois da saída de Vítor Gaspar das Finanças.

 

A pressionar o desempenho global das acções estão os receios de que a Reserva Federal poderá iniciar a retirada dos estímulos à maior economia do mundo, na qual tem vindo a injectar mensalmente liquidez no valor de 85 mil milhões de dólares através da compra de obrigações.

 

Por cá, os títulos do Banco Espírito Santo (BES) destacam-se pela negativa com o banco a perder 4,61% para 0,972 euros. Isto, apesar de a instituição liderada por Ricardo Salgado ter anunciado, na terça-feira, que a filial europeia da agência chinesa Dagong iniciou a cobertura da sua qualidade de crédito. A classificação atribuída às obrigações de longo prazo é “BB”, igual ao rating que atribui à República Portuguesa.

 

O BCP cai 3,41% para 0,133 euros depois de ter renovado um máximo de Setembro de 2011. O BPI declina 2,20% para 1,154 euros, enquanto a “holding” que detém o BES, o Espírito Santo Financial Group recua 0,75% para 5,05 euros.

 

Isto num dia que é de perdas acentuadas entre os títulos nacionais, ao fim das quatro sessões consecutivos em alta que terminaram na segunda-feira. 12 das 20 cotadas que integram o principal índice nacional seguem hoje a desvalorizar mais de 2%.

 

A contrariar maiores quedas está apenas a Portugal Telecom, que valoriza 1,09% para 3,26 euros por acção. Já a Zon Optimus vê a sua cotação a cair 2,75% para 5,301 euros e a Sonaecom desce 2,23% para 2,542 euros.

 

A retalhista Jerónimo Martins perde 3,32% para 14,265 euros e será a cotada que mais pressiona o índice PSI-20. A Sonae SGPS, holding que detém o negócio dos hipermercados Continente, recua 3,34% para 1,042 euros.

 

A construtora Mota-Engil perde 2,07% para 4,486 euros, no dia em que a gestão convocou a assembleia-geral de accionistas em que irá decidir a distribuição de acções da filial para os negócios em África, que será dispersa em bolsa. A reunião terá lugar a 27 de Dezembro e os accionistas actuais vão receber acções representativas de 20% da nova cotada a ser admitida à cotação em Londres.

 

A Soares da Costa deprecia 5,56% para 0,34 euros e a Teixeira Duarte perde 3,23% para 0,90 euros. O sector da construção está a corrigir parte dos ganhos bolsistas que acumulou até ao final da semana passada, quando o sector negociou impulsionado por várias notícias favoráveis ao sector.

 

As três cotadas da construção chegaram a acumular valorizações superiores a 200%, depois de a Soares da Costa ter anunciado uma parceria estratégica com o investidor António Mosquito e de ter sido avançada a notícia de dispersão da filial da Mota-Engil África.

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