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Banca cai para mínimos de três semanas e arrasta bolsas europeias

O sector da banca está a pressionar as bolsas europeias, depois de o Commerzbank ter baixado as suas previsões de resultados, e de ter sido conhecido que o Deutsche Bank e o Credit Suisse serão retirados do Stoxx50.

Bloomberg
02 de Agosto de 2016 às 11:43
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É mais um dia de perdas para o sector financeiro na Europa, o principal responsável pelo desempenho negativo dos índices bolsistas do Velho Continente.

 

O índice que reúne os maiores bancos europeus desce 2,66% para 127,33 pontos, o valor mais baixo das últimas três semanas. Já ontem este índice desvalorizou 1,79% depois de, na sexta-feira, terem sido revelados os testes de stress ao sector.

 

Apesar de apenas um dos 51 bancos analisados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) ter falhado os testes – o italiano Monte dei Paschi – os investidores revelaram-se cépticos em relação aos resultados.

 

O Expansión destaca que, no caso da banca espanhola, nenhuma das seis instituições do IBEX analisadas no exercício (Santander, BBVA, Popular, Sabadell, BFA-Bankia e CriteriaCaixa) alcançaria uma rentabilidade de 10% nos próximos três anos, no cenário base da EBA.

Esta terça-feira, a banca está a ser arrastada sobretudo pelo Commerzbank, que afunda 7,89% para 5,31 euros por acção, depois de já ter caído um máximo de 8,52% para 5,274 euros, a cotação mais baixa de sempre.

 

Esta evolução acontece depois de o segundo maior banco alemão ter informado que os lucros e os resultados operacionais deste ano vão baixar face a 2015, contrariando a anterior previsão que apontava para uma estabilização.

 

No ano passado o segundo maior banco alemão obteve resultados operacionais de 1,9 mil milhões de euros e lucros de 1,06 mil milhões de euros, números que não vai conseguir repetir em 2016 devido ao baixo nível das taxas de juro na Zona Euro. No segundo trimestre os lucros desceram 32% e as receitas caíram de 2,44 para 2,23 mil milhões de dólares.

 

A penalizar o sector estão também o Deutsche Bank e o Credit Suisse que, na próxima semana, vão ser excluídos do Stoxx50, o índice que reúne as 50 "blue-chip" da Europa, empresas mais resilientes e menos voláteis. Para o Deutsche Bank, é a primeira vez desde 1998 que não fará parte deste índice. As acções do banco alemão descem 3,43% para 11,40 euros enquanto o Credit Suisse perde 6,19% para 10,46 francos suíços.

 

Em destaque na sessão desta terça-feira está também a banca italiana, que continua no centro das preocupações devido ao elevado volume de crédito malparado. O Banca Popolare di Milano recua 4,05%, o Unicredit perde 4,83% e o Monte dei Paschi desliza 7,42%, depois de o primeiro-ministro italiano ter garantido que o fundo Atlante – criado para a capitalizar a banca transalpina através da compra de crédito malparado – será a "solução final" para o problema da banca italiana.

 

Matteo Renzi, citado pelo Corriere della Sera, sustentou que o modelo representado pelo fundo Atlante permite "mostrar claramente aos investidores internacionais e ao mercado que a situação do crédito malparado não é bem como aparentava a narrativa dos últimos meses".

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