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Apple volta a ser a mais valiosa do mundo após a aposta de Buffett
As acções da empresa liderada por Tim Cook sobem mais de 3%, após ter sido revelado que Warren Buffett fez uma grande aposta na fabricante do iPhone. A capitalização da tecnológica voltou a superar a fasquia dos 500 mil milhões de dólares.
A Apple está a compensar parte dos "estragos" do ano com a aposta do guru dos mercados. Os títulos da fabricante do iPhone valorizam 3,05% para 93,28 dólares, desempenho que permitiu à cotada voltar a superar a fasquia dos 500 mil milhões de dólares. A valorização dos títulos permitiu à cotada regressar à "pole position" das mais valiosas do mundo, ultrapassando a Alphabet, que detém a Google.
O optimismo dos investidores em relação à empresa surge depois de ter sido revelado que a Berkshire Hathaway fez uma aposta significativa na cotada liderada por Tim Cook. A "holding" de Warren Buffett comprou 9.81 milhões de acções no primeiro trimestre, uma posição que estava avaliada em mais de mil milhões de dólares no final de Março, segundo um comunicado enviado ao regulador, e citado pela Bloomberg.
A aposta de um dos investidores mais famosos do mundo surge numa altura em que no mercado havia dúvidas sobre a capacidade da empresa da maçã em continuar com o crescimento das vendas. Aliás, a Apple teve nos três primeiros meses do ano a primeira quebra das receitas em mais de uma década.
Mesmo com a recuperação na sessão desta segunda-feira, os títulos da Apple ainda acumulam uma desvalorização de 11% desde o início do ano. E a aposta de Buffett ocorreu numa altura em que outros dos pesos-pesados de Wall Street, como Carl Icahn, saíram do capital da empresa por temerem que a Apple não conseguisse crescer na China.
Apesar de Buffett, conhecido como o Oráculo de Omaha, não ter tendência para fazer grandes apostas no sector tecnológico, Jeff Matthews, autor de livros sobre Buffett e a empresa que lidera, a Berkshire Hathaway, disse, citado pela Bloomberg, que a nova aposta do Oráculo de Omaha faz sentido: "Com a avaliação actual, a Apple faz muito sentido. É mais uma empresa de consumo do que uma tecnológica e tem um grande modelo financeiro, uma grande marca e uma acção barata".