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Acções europeias renovam máximos históricos
Os principais índices bolsistas europeus seguem em alta, com excepção do índice grego. O Stoxx600 já atingiu um novo máximo histórico, em dia de reunião do Banco Central Europeu.
O Stoxx600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a subir 0,77% para 414,87 pontos, atingindo um novo máximo histórico. Um dos sectores que mais contribui para este comportamento é o da energia, depois do Irão se ter juntado à Líbia apelando à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a produção.
Os ganhos são generalizados entre as bolsas, com excepção do índice grego. O FTSE/ASE está a descer 1,06% para 223,50 pontos, numa altura em que decorrem as negociações técnicas sobre a lista de reformas que Atenas terá de implementar para poder receber as tranches da ajuda financeira da troika que estão congeladas.
De resto a tendência é positiva entre os índices. O que mais sobe é o português, com o PSI-20 a avançar mais de 1%. O italiano MIBTEL está ganhar 0,91% para 2.3.968,90 pontos, o holandês AEX está avançar 0,77% para 509,73 pontos, o espanhol IBEX está a apreciar 0,76% para 11.793,70 pontos, o francês CAC avança 0,67% para 5.252,76 pontos, o alemão DAX aprecia 0,66% para 12.308,65 pontos e o britânico Footsie cresce 0,40% para 7.103,84 pontos. Apesar de ser a subida menos acentuada é o único índice que está a negociar em máximos históricos.
A expectativa de redução de produção por parte da OPEP está a impulsionar os preços da matéria-prima e das acções do sector. Assim, o Brent, transaccionado em Londres e de referência para a Europa, está a apreciar 1,08% para 59,06 dólares por barril.
As acções da Shell, que na semana passada esteve em destaque depois de anunciar o acordo para a compra do BG Group, estão a subir 1,74% para 28,915 euros. A francesa Total está a ganhar 1,52% para 49,47 euros, numa altura em que BP, Repsol e Galp estão todas a subir mais de 1%.
Destaque também para as acções da Nokia, que estão a subir 1,47% para 7,00 euros, e da Alcatel-Lucent, que estão a afundar 12,81% para 3,907 euros, depois de a finlandesa ter acordado a aquisição da Alcatel-Lucent por 15,6 mil milhões de euros. O negócio vai criar o maior fabricante mundial de equipamentos que permitem o acesso às redes. A nova empresa chamar-se-á Nokia, será liderada pelo CEO da empresa, Rajeev Suri, e será detida em 33,5% pelos accionistas da Alcatel e em 66,5% pelos da Nokia.
O dia será marcado pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), com os responsáveis a discutirem a política monetária que está a ser implementada na Zona Euro. As perspectivas são de manutenção da taxa de juro de referência para a região no mínimo histórico de 0,05%, numa altura em que decorre o programa de compra de dívida soberana e cujo ritmo está a abrandar.
O BCE gastou apenas 12,01 mil milhões de euros com as compras de activos na semana passada. Este é o valor mais baixo desde que, a 9 de Março, a instituição liderada por Mario Draghi começou a adquirir activos do sector público. Um ritmo que não poderá manter-se até ao fim do mês, já que seria insuficiente para atingir o objectivo mensal de 60 mil milhões.
A Moody’s fez mesmo um relatório em que defende que o BCE terá dificuldades em manter as compras de dívida até Setembro de 2016. Os títulos alemães deverão ser os primeiros a esgotar-se, diz a Moody’s, mas a dívida nacional será também um problema. A instituição terá que rever os limites às compras.