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Acções europeias renovam máximos históricos

Os principais índices bolsistas europeus seguem em alta, com excepção do índice grego. O Stoxx600 já atingiu um novo máximo histórico, em dia de reunião do Banco Central Europeu.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
15 de Abril de 2015 às 10:44
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O Stoxx600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a subir 0,77% para 414,87 pontos, atingindo um novo máximo histórico. Um dos sectores que mais contribui para este comportamento é o da energia, depois do Irão se ter juntado à Líbia apelando à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a produção.

 

Os ganhos são generalizados entre as bolsas, com excepção do índice grego. O FTSE/ASE está a descer 1,06% para 223,50 pontos, numa altura em que decorrem as negociações técnicas sobre a lista de reformas que Atenas terá de implementar para poder receber as tranches da ajuda financeira da troika que estão congeladas.

 

De resto a tendência é positiva entre os índices. O que mais sobe é o português, com o PSI-20 a avançar mais de 1%. O italiano MIBTEL está ganhar 0,91% para 2.3.968,90 pontos, o holandês AEX está avançar 0,77% para 509,73 pontos, o espanhol IBEX está a apreciar 0,76% para 11.793,70 pontos, o francês CAC avança 0,67% para 5.252,76 pontos, o alemão DAX aprecia 0,66% para 12.308,65 pontos e o britânico Footsie cresce 0,40% para 7.103,84 pontos. Apesar de ser a subida menos acentuada é o único índice que está a negociar em máximos históricos.

 

A expectativa de redução de produção por parte da OPEP está a impulsionar os preços da matéria-prima e das acções do sector. Assim, o Brent, transaccionado em Londres e de referência para a Europa, está a apreciar 1,08% para 59,06 dólares por barril.

 

As acções da Shell, que na semana passada esteve em destaque depois de anunciar o acordo para a compra do BG Group, estão a subir 1,74% para 28,915 euros. A francesa Total está a ganhar 1,52% para 49,47 euros, numa altura em que BP, Repsol e Galp estão todas a subir mais de 1%.

 

Destaque também para as acções da Nokia, que estão a subir 1,47% para 7,00 euros, e da Alcatel-Lucent, que estão a afundar 12,81% para 3,907 euros, depois de a finlandesa ter acordado a aquisição da Alcatel-Lucent por 15,6 mil milhões de euros. O negócio vai criar o maior fabricante mundial de equipamentos que permitem o acesso às redes. A nova empresa chamar-se-á Nokia, será liderada pelo CEO da empresa, Rajeev Suri, e será detida em 33,5% pelos accionistas da Alcatel e em 66,5% pelos da Nokia.

 

O dia será marcado pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), com os responsáveis a discutirem a política monetária que está a ser implementada na Zona Euro. As perspectivas são de manutenção da taxa de juro de referência para a região no mínimo histórico de 0,05%, numa altura em que decorre o programa de compra de dívida soberana e cujo ritmo está a abrandar.

 

O BCE gastou apenas 12,01 mil milhões de euros com as compras de activos na semana passada. Este é o valor mais baixo desde que, a 9 de Março, a instituição liderada por Mario Draghi começou a adquirir activos do sector público. Um ritmo que não poderá manter-se até ao fim do mês, já que seria insuficiente para atingir o objectivo mensal de 60 mil milhões.


A Moody’s fez mesmo um relatório em que defende que o BCE terá dificuldades em manter as compras de dívida até Setembro de 2016. Os títulos alemães deverão ser os primeiros a esgotar-se, diz a Moody’s, mas a dívida nacional será também um problema. A instituição terá que rever os limites às compras.

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