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A semana nos mercados em oito gráficos: PSI-20 acompanha ganhos na Europa. Mas sobressai no trimestre

Esta semana, mais curta nos mercados devido ao feriado da Sexta-Feira Santa, as praças europeias tiveram um saldo positivo. No entanto, no trimestre a tendência foi muito diferente.

Footsie sobe na semana e afunda no trimestre

Footsie sobe na semana e afunda no trimestre
As bolsas europeias fecharam a semana com um saldo generalizadamente positivo, mas o trimestre encerrou com números vermelhos – o que não acontecia, na maioria dos casos, desde Junho de 2016. Isto devido aos receios em torno de uma potencial guerra comercial entre Washington e Pequim, que a meio da semana acabara por diminuir. Na praça londrina, o índice de referência Footsie, que somou 2,21% entre segunda e quinta-feira, acabou por registar o pior trimestre em quase sete anos. As revisões em baixa nas projecções de lucros de algumas empresas, bem como os apuros no retalho e no outsourcing decorrentes da incerteza em torno do Brexit levaram a que o FTSE caísse 7,77% entre Janeiro e Março, naquele que foi o trimestre com pior desempenho desde 2011, tornando-o também o índice mais débil dos mercados do Velho Continente no acumulado deste ano.

PSI-20 sobe mais de 1% entre segunda e quinta-feira. E também ganha no trimestre

PSI-20 sobe mais de 1% entre segunda e quinta-feira. E também ganha no trimestre
O PSI-20 subiu 1,18% no acumulado da semana, a acompanhar o tom positivo das congéneres do resto da Europa, apesar dos dissabores aliados às tensões comerciais entre os EUA e a China. O saldo trimestral do índice de referência nacional é também positivo, apesar de um ganho tímido de 0,32%. É contudo a única bolsa das principais praças da Europa Ocidental que não está no vermelho no cômputo de Janeiro a Março.

Grupo EDP dá brilho à praça lisboeta

Grupo EDP dá brilho à praça lisboeta
No mercado nacional, o destaque da semana, pela positiva, foi para a EDP e para a sua subsidiária para as energias renováveis. A cotada liderada por António Mexia beneficiou do bom momento das “utilities” na Europa. Já a ajudar aos ganhos da EDP Renováveis esteve a valorização de perto de 3% na quarta-feira, sessão em que chegou a atingir máximos de Junho de 2008. Isto no dia em que foi revelado que três fundos que estiveram contra a OPA da EDP se juntaram numa parceria que tem, em conjunto, mais de 6% da EDP Renováveis e exige representação no conselho de administração. Em contrapartida, os dois piores desempenhos semanais do PSI-20 couberam às duas únicas cotadas que ainda não apresentaram os resultados de 2017, a Ibersol (-3,43%) e a Mota-Engil (-11,38%).

Shire foi a estrela do Stoxx 600

Shire foi a estrela do Stoxx 600
As acções da britânica Shire tiveram o maior ganho semanal do índice Stoxx 600, a somarem 20,45%, animadas pelo facto de a japonesa Takeda ter confirmado os rumores do mercado de que estava a ponderar uma possível oferta de compra sobre a farmacêutica. No acumulado do trimestre, o Stoxx 600 caiu 4,46%, a fazer sobressair o movimento generalizadamente negativo – com excepção da praça lisboeta – que se viveu na Europa durante este período.

Macy’s ganha com ataque de Trump à Amazon

Macy’s ganha com ataque de Trump à Amazon
A Macy’s teve a melhor performance do Standard & Poor’s 500 esta semana, a somar 29,54%. A cotada das lojas departamentais ganhou terreno com os dissabores da retalhista online Amazon, depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter acusado a empresa liderada por Jeff Bezos de fugir aos impostos e penalizar fortemente as retalhistas familiares. Nos piores desempenhos da semana, destaque para as tecnológicas e para as petrolíferas.

Euro com o maior ciclo de subidas trimestrais em 10 anos

Euro com o maior ciclo de subidas trimestrais em 10 anos
A moeda única europeia perdeu terreno face ao iene, dólar e libra no saldo semanal, se bem que com uma depreciação ligeira – devido ao alívio que se fez sentir relativamente às tensões comerciais EUA-China e que retirou ânimo sobretudo à nota verde. No acumulado do trimestre, o cenário foi diferente. Tratou-se do quinto trimestre consecutivo de ganhos para a moeda única europeia, algo que já não acontecia desde o período terminado no primeiro trimestre de 2008. Ainda no mercado cambial, destaque para a libra esterlina, que marcou o melhor trimestre desde meados de 2015 face à moeda norte-americana (+,39%) e desde 2016 (+1,4%) contra o euro.

Petróleo com o maior ganho mensal desde Outubro

Petróleo com o maior ganho mensal desde Outubro
Os preços do petróleo oscilaram durante a semana entre ganhos e perdas ao longo da semana, sobretudo devido à expectativa em torno das reservas semanais dos EUA, que acabaram por se traduzir numa redução face à semana precedente – o que ditou um fecho positivo na quinta-feira mas colocou o “ouro negro” em baixa no saldo das quatro sessões da semana. A evolução dos inventários norte-americanos condicionou a percepção dos investidores em relação ao fornecimento mundial, numa altura em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) têm em curso um corte de produção precisamente para ajudar a sustentar os preços da matéria-prima. Os dados dos EUA têm gerado algum ruído nesta missão, já que se especula que a produção deste país tem anulado em parte o objectivo da OPEP. No entanto, o saldo do mês foi positivo, com o maior ganho desde Outubro. No trimestre, tanto o WTI (negociado em Nova Iorque) como o Brent (transaccionado em Londres) apresentam números positivos.

Juros da dívida portuguesa descem 11,6 pontos base

Juros da dívida portuguesa descem 11,6 pontos base
A “yield” das obrigações portuguesas a 10 anos, que é a maturidade de referência, desceu 11,6 pontos base no cômputo da semana para 1,605%. Tendência semelhante foi registada pelos juros das Bund alemãs, que no conjunto da semana desceram 3,3 pontos base para 0,494% no vencimento a 10 anos. Também os juros soberanos de Espanha, Itália e Estados Unidos recuaram no acumulado entre segunda e quinta-feira.
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As principais praças bolsistas da Europa Ocidental subiram no cômputo da semana, que contou apenas com quatro sessões já que esta sexta-feira os mercados estão encerrados devido à Sexta-Feira Santa.

 

No trimestre, o cenário foi diferente, com o saldo negativo a sobressair quase generalizadamente.

 

O índice britânico FTSE registou o pior trimestre em quase sete anos, a cair 7,77%, seguido de perto pelo alemão Dax, que recuou 6,15% entre Janeiro e Março.

 

A praça lisboeta foi o grande destaque, ao apresentar-se em contraciclo neste trimestre, com um ganho de 0,32%.

 

Entre as cotadas europeias que esta semana mais sobressaíram do lado dos ganhos esteve a britânica Shire, que disparou 20,45%, animada pelo facto de a japonesa Takeda ter confirmado os rumores do mercado de que estava a ponderar uma possível oferta de compra sobre a farmacêutica.

 

Já os relatos de uma possível fusão entre a Renault e a Nissan ajudaram o sector automóvel na última sessão da semana.

 

No mercado cambial, destaque para o bom trimestre do euro e da libra esterlina. Também os preços do petróleo valorizaram no acumulado de Janeiro a Março.

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