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A semana em oito gráficos: Índices ibéricos falham boa onda europeia
As bolsas europeias subiram esta semana, com exceção de Lisboa e Madrid, e o índice de referência Stoxx 600 fixou máximos históricos. A animar esteve o otimismo em torno da recuperação económica numa altura em que as economias reabrem com o levantamento das restrições pandémicas, com esse sentimento a ter mais peso do que os receios de aumento persistente da inflação.
Europa entre quedas e recordes
As principais praças europeias negociaram em alta, com exceção de Lisboa e Madrid. O índice Stoxx 600 e o alemão Dax atingiram máximos históricos e em Milão a bolsa foi a máximos de outubro de 2008, com o otimismo em torno da retoma económica a falar mais alto do que os receios de inflação.
Bolsa nacional em contraciclo
A bolsa lisboeta recuou 2% no cômputo dos cinco dias, a contrastar com o sentimento positivo no resto da Europa, e a reduzir para 4,88% o seu ganho anual. O índice de referência nacional foi pressionado sobretudo pelo mau desempenho do grupo EDP e Galp.
Energia lidera quedas no PSI-20
As cotadas do grupo EDP e a Galp estiveram entre as que mais perderam esta semana no PSI-20, tendo a REN tido também saldo vermelho. A energia foi, assim, o setor que mais penalizou o índice de referência nacional. O setor petrolífero subiu na Europa, mas o das utilities cedeu terreno.
TechnipFMC brilha no Stoxx600
Uma das cotadas que mais sobressaiu esta semana pela positiva na Europa foi a TechnipFMC plc, empresa franco-americana de petróleo e gás sediada no Reino Unido, que disparou mais de 20% depois de assegurar um contrato para equipamento submarino à malaia Petronas.
Petrolíferas animam S&P 500
As empresas do setor petrolífero destacaram-se nos ganhos desta semana do S&P 500, ocupando os cinco primeiros lugares das maiores subidas do índice norte-americano. Isto numa semana em que os preços do crude dispararam, animados com a disciplina da OPEP+ e com a perspetiva de maior consumo.
Dólar valoriza face às principais moedas
A nota verde ganhou terreno face a moedas de peso, como o euro, libra e iene, numa altura em que os receios de aumento da inflação continuam a levar os investidores a procurar ativos considerados seguros, como o dólar.
Petróleo ganha com perspetiva de procura
O preço do Brent, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, voltou a ter saldo positivo, animado pela expectativa de um aumento da procura por combustível numa altura em que a recuperação económica está mais visível. A ajudar esteve também a disciplina da OPEP+, que manteve o plano de aumento da oferta, que se estima que seja facilmente absorvida pelo mercado.
Juros da dívida aliviam
Os juros da dívida pública aliviaram esta semana na Zona Euro e nos Estados Unidos. Com os receios em torno da subida da inflação, a dívida beneficiou do estatuto de valor-refúgio e a maior aposta nas obrigações fez descer as “yields”.