A semana em oito gráficos: Bolsas europeias sobem há 6 semanas e petróleo cai há 3

As bolsas europeias tiveram um desempenho generalizadamente positivo, com exceção da praça madrilena. O Stoxx600 atingiu máximos históricos e marcou a sexta semana consecutiva de ganhos. A animar estiveram as Previsões de Outono da Comissão Europeia para os 27 Estados-membros da UE, que foram revistas em alta. Já o petróleo caiu pela terceira semana.

Stoxx 600 atinge recordes

O Stoxx 600 somou 0,68% entre segunda e sexta-feira, marcando a sexta semana consecutiva de subidas. Na sexta-feira, o índice europeu de referência fixou um novo máximo histórico, durante a sessão, nos 486,88 pontos. A animar esteve a revisão em alta das previsões económicas da Comissão Europeia para o conjunto da UE.

PSI-20 com melhor ganho

O PSI-20 valorizou 1,76% esta semana, elevando para 17,26 o seu ganho acumulado em 2021. De entre os principais índices da Europa Ocidental, foi o que mais subiu. A sustentar estiveram sobretudo a EDP Renováveis e Jerónimo Martins.

Retalho brilha em Lisboa

A Sonae e a Jerónimo Martins tiveram os melhores desempenhos da semana no PSI-20. A dona do Continente negociou no valor mais alto desde junho de 2018 e a dona do Pingo Doce atingiu um máximo histórico. O setor do retalho vive um bom momento, também impulsionado pela inflação no mercado alimentar.

Marks & Spencer impulsiona Stoxx600

A retalhista britânica Marks & Spencer foi a cotada do índice de referência Stoxx600 que mais subiu na semana, impulsionada pelo facto de ter revisto em alta as suas projeções para os lucros deste ano, sinalizando que a há muito prometida reviravolta poderá estar finalmente à vista.

Tesla tira gás ao S&P500

O Standard & Poor’s 500 cedeu terreno na semana, com a Tesla a ser a cotada que mais pressionou. O CEO da fabricante de veículos elétricos, Elon Musk, perguntou aos seus seguidores no Twitter se devia vender 10% da sua participação. A resposta foi ‘sim’, ele vendeu e as ações caíram.

Dólar ganha tração

O dólar ganhou terreno face a congéneres de peso, como o euro e a libra, num momento em que aumentam as expectativas em torno do possível aumento das taxas de juro já em 2022 por parte da Reserva Federal norte-americana.

Petróleo cai pela terceira semana

O “ouro negro” cedeu pela terceira semana, penalizado pela subida do dólar e pela especulação em torno da possibilidade de a Administração de Joe Biden, presidente dos EUA, poder optar por reforçar a injeção de crude no mercado através do recurso às reservas estratégicas do país.

Juros sobem na Zona Euro

Os juros da dívida soberana da Zona Euro agravaram-se, numa altura em que os conselheiros económicos da chanceler alemã pedem ao BCE que publique uma estratégia de normalização da política monetária ultra-acomodatícia à luz dos riscos que consideram que a inflação está a fazer acumular.