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EDP soma mais de 3% à boleia do Constitucional alemão

As utilities europeias registaram uma sessão de fortes ganhos devido à decisão do Tribunal Constitucional da Alemanha sobre as compensações a atribuir às eléctricas do país. A EDP apanhou a boleia.

A EDP, liderada por António Mexia, reforçou o estatuto da cotada mais lucrativa da bolsa portuguesa. A eléctrica obteve um resultado líquido de 263 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, mais 11% que no mesmo período de 2015.
06 de Dezembro de 2016 às 16:56
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A EDP fechou a sessão a subir 3,6% para 2,792 euros, registando a melhor sessão desde 29 de Junho, dia de fortes ganhos nas bolsas mundiais.  

 

A eléctrica portuguesa acompanhou a tendência de força do sector europeu, que foi beneficiado por uma importante decisão do Tribunal Constitucional alemão. Também em alta, a EDP Renováveis avançou 2,05% para 5,974 euros e a REN ganhou 2,19% para 2,57 euros.

 

Segundo a Lusa, o tribunal apoiou hoje em parte a reivindicação dos produtores de energia, que exigiam indemnizações devido à decisão do governo de acelerar o encerramento de reactores nucleares após o desastre de Fukushima, há cinco anos.

 

As empresas de electricidade têm direito a receber uma compensação "adequada" por perdas, considerou o tribunal, após notar que o governo alemão "estava autorizado" a tomar o acidente de Fukushima (Japão) como razão para acelerar "a saída do nuclear para proteger a saúde pública e o ambiente".

 

O tribunal não quantifica o valor da compensação, mas pede ao governo para chegar a um acordo com os queixosos. Antes da decisão, a imprensa evocou reivindicações de cerca de 20 mil milhões de euros.

 

A notícia teve forte impacto, sobretudo nas empresas envolvidas na decisão, com a EON a destacar-se com uma valorização de 4,94%. O índice Stoxx para as utilities europeias ganhou 2,74%, com todas as 29 empresas que o compõem a negociar em terreno positivo.

 

Segundo a Lusa, a queixa é de 2012, quando os dois "gigantes" alemães EON e RWE e a empresa sueca Vattenfall, terceiro produtor de energia na Alemanha, se declararam prejudicados devido à decisão de Berlim de acabar com todas as 17 centrais nucleares do país até 2022, encerrando no imediato sete dos reactores mais antigos.

 

De acordo com o veredicto divulgado hoje, o parlamento deverá aprovar até ao final de Junho de 2018 a regulamentação correspondente para definir as compensações que não foram abrangidas pela lei que determinou o fim do nuclear. Oito centrais nucleares continuam a operar na Alemanha.

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