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IMF – Recuperação do Nikkei em risco

Máximo relativo mais baixo põe em causa o cenário de recuperação no índice japonês. Eur/Usd frágil após quebra de suporte. Ouro e crude também com espaço para recuar.

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O Nikkei, índice acionista japonês, caiu nos últimos depois, depois de o Banco do Japão ter afastado a hipótese de uso de "dinheiro de helicóptero" para estimular a economia– uma expectativa que ajudou a suportar a valorização acima de 10% das últimas semanas.

O cenário técnico não é também o mais favorável para o Nikkei. A partir de meados de 2015 o índice iniciou uma tendência descendente, interrompida já em fevereiro deste ano. Desde aí tem-se assistido a um período de consolidação, sendo que os dois testes malsucedidos aos 15000 pontos abriram perspetivas de formação de um "fundo", com posterior inversão em alta. Contudo, este cenário tem perdido força com a formação de máximos relativos sucessivamente mais baixos, o que poderá ter voltado a repetir-se na última semana, em torno dos 17000 pontos. Nesse sentido, no curto prazo antecipa-se agora uma correção que poderá estender-se aos 16000 pontos (suporte anterior e 50% da subida das últimas semanas). Um sinal de força seria dado acima dos 17250 pontos.

Euro/Dólar – Quebra de suporte abre espaço até $1.0900

O Eur/Usd recuou pela terceira semana consecutiva, conduzido sobretudo pela força do dólar. A economia norte-americana tem mostrado sinais de melhoria, que levam o mercado a acreditar novamente numa subida de taxas de juro da FED este ano.

Em termos técnicos, o suporte dos $1.1000 foi quebrado e o Eur/Usd abandonou assim o intervalo entre $1.1000 e $1.1180, que o limitava desde o final de junho. O par assume agora um viés de baixa no curto prazo, tendo espaço para prolongar perdas até $1.0900 - uma toada de maior neutralidade seria recuperada acima de $1.1000. Numa perspetiva temporal mais alargada, continua a prevalecer a tendência de lateralização, sendo que um cenário de maior fragilidade seria atingido apenas abaixo de $1.0800/20.

CRUDE – Cenário de fragilidade no curto prazo

O excesso de oferta de petróleo está a demorar mais tempo a desaparecer do que se antecipava, o que continua a dificultar a recuperação dos preços. Prevê-se que a produção no Iraque irá aumentar em julho e, nos EUA, as reservas atingiram máximos históricos para esta altura do ano na última semana.

O crude continua pressionado no curto prazo, algo que é visível na "cunha descendente" que parece estar a conduzir os preços até ao suporte dos $43.00. Enquanto acima deste nível, a tendência de alta no médio prazo permanece válida. Contudo, uma eventual quebra seria um sinal de reversão a ter em conta e deixaria o crude vulnerável até à zona dos $38.50 (suporte e resistência anterior e 50% da subida entre $26.20 e $51.60). Referências enquanto resistências nos $50.00 e $51.60.

OURO – Correção em baixa sugere teste aos $1300

A perspetiva de que a FED possa subir taxas de juro este ano, penalizou a procura por um ativo sem rendimento como é o caso do ouro. Também o sentimento positivo nos mercados acionistas pressionou os preços do "metal precioso".

Tecnicamente continua a ser plausível uma aproximação ao suporte dos $1300, um cenário que ganha força caso a trendline ascendente seja quebrada. Em todo o caso, numa perspetiva de médio prazo a tendência principal mantém-se de alta e apenas assumiria um tom mais "neutral" com um regresso à banda entre $1200 e $1300. Do lado superior, o objetivo mantém-se nos $1375, máximos desde 2014 atingidos no início de julho.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.


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