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IMF – Vendas a retalho no Reino Unido com a maior queda em 3 anos

Vendas a retalho no Reino Unido com a maior queda em três anos; Minutas do BCE: Taxas elevadas durante “algum tempo”; Petróleo perto dos $75; Ouro ressaltou nos $2 000/onça

| Vendas a retalho no Reino Unido com a maior queda em três anos

As vendas a retalho no Reino Unido caíram 3.2% em dezembro, em cadeia, após uma subida de 1.4% no mês anterior, pior do que a estimativa do mercado de uma queda de 0,5%. Foi a maior queda mensal desde janeiro de 2021 (na altura com a economia condicionada pela Covid-19). Em termos homólogos, as vendas caíram 2.4%, contrariando as estimativas de subida de 1.1%, após +0.2% no mês anterior. Considerando o ano completo de 2023, as vendas a retalho caíram 2.8%, correspondendo à leitura mais baixa desde 2018. Em cadeia, as vendas do setor alimentar caíram 3.1%, as vendas online 2.1% e as vendas de combustíveis 1.9%. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas Britânico, as vendas a retalho deverão subtrair 0,04 pontos percentuais ao PIB da economia britânica no 4º trimestre, o que poderá ser a diferença entre uma leitura negativa e uma leitura estável da economia. Como a economia registou uma contração de 0.1% no 3º trimestre, uma contração no 4º trimestre levaria o Reino Unido a entrar numa "recessão técnica".

Numa outra nota, é de mencionar que a inflação homóloga no Reino Unido subiu para 4% em dezembro, contrariando as expectativas do mercado que previam uma queda para os 3.8% face aos 3.9% registados em novembro. Esta subida foi impulsionada por um aumento acentuado dos impostos sobre o tabaco e por um maior impacto dos aumentos sazonais das tarifas aéreas.

O Eur/Gbp iniciou a semana com uma lateralização em torno das £0.8600, tendo, posteriormente, recuado até ao suporte das £0.8550 onde renovou mínimos de mais de 1 mês. No entanto, na última sessão da semana, o par voltou a recuperar e voltar a aproximar-se das £0.8600.

| Minutas do BCE: Taxas elevadas durante "algum tempo"

De acordo com as minutas da reunião do BCE de 14 de dezembro, os membros do Comité de Política Monetária estão confiantes de que a inflação poderá regredir até à meta de 2%, mas que ainda existem demasiados riscos que justificam uma taxa de juro de referência elevada. Numa reunião em que o BCE manteve as taxas de juro inalteradas e deixou claro que não se avizinham novas subidas, os membros consideraram ser necessária uma postura de vigilância e de manutenção de uma orientação restritiva durante algum tempo. As minutas acrescentaram ainda que o Conselho avaliou ser demasiado cedo para estar confiante que a "tarefa esta cumprida". Também foi aconselhada alguma prudência no que respeita à avaliação das expectativas do mercado, devido às incertezas que ainda prevalecem.

Do outro lado do Atlântico, o presidente da Reserva Federal de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que pretende ver mais evidências de que a inflação está num bom caminho para atingir a meta de 2% da FED, reiterando que não espera que a instituição corte taxas de juro até ao 3º trimestre de 2024. Bostic indicou que espera que o 1º corte de taxas ocorra em meados do 3º trimestre, sendo que será necessário que o mercado aguarde até lá para que a FED possa observar como a situação evolui. Na sua opinião, o pior cenário seria se a FED cortasse as taxas demasiado cedo e depois precisasse de as subir novamente devido a um ressurgimento da inflação.

O Eur/Usd desvalorizou no início da última semana, ao quebrar em baixa o suporte dos $1.0900. Posteriormente, renovou mínimos de 1 mês em torno dos $1.0845 (média móvel de 200 dias), mas estabilizou ligeiramente acima da linha de tendência ascendente apresentada, abaixo dos $1.0900.

| Petróleo perto dos $75

Na última semana, o preço do petróleo esteve novamente sensível à evolução dos eventos do Médio Oriente. No final da semana, as interrupções na produção de petróleo causadas pelo tempo frio nos EUA, o maior produtor mundial, equilibraram as preocupações sobre a economia global.

O petróleo iniciou a semana com uma pequena queda até ao nível dos $70.5/barril. No entanto, nas sessões seguintes, a matéria-prima valorizou, voltando a se aproximar da resistência no nível dos $75/barril.

| Ouro ressaltou nos $2 000/onça

A cotação do ouro recuou no início da semana, enquanto os comentários de diversos membros da Reserva Federal reduziram as expectativas de um corte antecipado nas taxas de juro da instituição.

No início da semana, o ouro perdeu terreno, tendo se aproximado do nível do suporte dos $2 000/onça onde renovou mínimos de mais de um mês. Posteriormente, o ouro ressaltou de tal suporte, tendo permanecido abaixo da resistência dos $2 050/onça.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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