Notícia
IMF – Rublo em mínimos de dois anos face ao Euro
Sanções dos EUA à Rússia levam à queda do Rublo; Eur/Usd ressalta no canal ascendente e consolida; Crude segue em alta com tensões no Médio Oriente; Ouro atingiu máximos de janeiro com aumento das tensões na Síria.
16 de Abril de 2018 às 15:09
Sanções dos EUA à Rússia levam à queda do Rublo
O rublo caiu recuou cerca de 13% face ao euro em apenas dois dias, para mínimos de março de 2016, após os EUA terem imposto sanções sobre 17 membros do governo, juntamente com outros sete oligarcas e 12 empresas controladas ou detidas pelos mesmos. A referida ação causou a queda das bolsas na Rússia, numa tentativa de castigar Moscovo por alegadamente ter interferido nas eleições presidenciais de 2016, assim como devido a outras "atividades malignas".
Tecnicamente, o câmbio rompeu em alta com o limite superior da zona de lateralização iniciada em agosto de 2017 entre os 67.50 e os 71.85 rublos. Para além disso, as resistências dos 74, dos 75 e dos 78.55 rublos foram igualmente quebradas. O par apresentou níveis overbought no RSI de 14 períodos, no gráfico diário, sendo que o MACD também deu um sinal de venda.
Eur/Usd ressalta no canal ascendente e consolida
Na última semana, Ewald Nowotny, membro do BCE, afirmou que chegou o momento de uma normalização gradual da política monetária que irá requerer um delicado equilíbrio das medidas, assim como uma sequência cuidadosa do tempo. A FED, segundo as minutas da sua última reunião de março, revelou que todos os membros da instituição sentem que a inflação nos EUA poderá aumentar nos próximos meses. Já na Zona Euro, nas minutas do BCE, verifica-se uma preocupação do banco central em torno do fortalecimento do euro e de uma possível guerra comercial.
Numa perspetiva técnica, o Eur/Usd testou o limite inferior do canal ascendente de longo-prazo, mas demonstrou alguma robustez e acabou por ressaltar para níveis acima dos $1.2300. O par tem vindo a consolidar entre as linhas de retração de fibonacci 0% e 38.2% ($1.2220), linha de retração que serviu como suporte, no último ressalto do Eur/Usd. O par segue sem grande tendência definida (apesar de manter um ligeiro tom bullish), com os indicadores técnicos a dar sinais relativamente neutrais, devendo o Eur/Usd permanecer em lateralização.
Crude segue em alta com tensões no Médio Oriente
A suavização das tensões comerciais entre os EUA e a China (maior importador de petróleo) e das tensões no Médio Oriente, ajudaram o Crude a valorizar. Apesar de a Síria não ser um produtor relevante de petróleo, o acontecimento acaba por afetar os países vizinhos e a Rússia. Adicionalmente, confirmou-se que a OPEP reduziu a sua produção em março. Por outro lado, EIA reportou uma subida significativa de stocks nos EUA, sinalizando também um novo recorde de produção neste país.
O petróleo segue em alta, do ressalto verificado no início deste mês na linha de tendência ascendente, na última semana, e acabou por quebrar uma resistência de grande relevância fixada a $66.5. O MACD deu um falso sinal de perda da toada de alta, e acabou por ver as suas médias móveis exponenciais cruzarem, novamente, dando assim um sinal de compra.
Ouro atingiu máximos de janeiro com aumento das tensões na Síria
A cotação do ouro seguiu em alta na última semana com a escalada das tensões na Síria e com as preocupações geopolíticas daí provenientes, sendo que a "guerra comercial" entre os EUA e a China também causam alguma apreensão. Donald Trump ameaçou na semana passada a possibilidade de ocorrerem lançamentos de mísseis sobre a Síria, tendo posteriormente revelado uma postura mais comedida, afirmando num tweet que o ataque "poderia estar para breve ou não". Após a afirmação mencionada, o metal acabou por recuar ligeiramente.
A nível técnico, o ouro testou zona de resistência dos $1344-$1355, quebrando-a em alta. No entanto, a commodity embateu no nível de retração de fibonacci dos 0%, nos $1366, um valor máximo verificado pela última vez em janeiro deste ano. A cotação do metal acabou por recuar para valores abaixo da zona de resistência dos $1344-$1355, apesar de manter-se acima da linha de tendência ascendente de curto prazo. O ouro poderá encontrar algum suporte na referida linha, depois do sinal de venda providenciado pelo Estocástico e do MACD, no gráfico diário.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O rublo caiu recuou cerca de 13% face ao euro em apenas dois dias, para mínimos de março de 2016, após os EUA terem imposto sanções sobre 17 membros do governo, juntamente com outros sete oligarcas e 12 empresas controladas ou detidas pelos mesmos. A referida ação causou a queda das bolsas na Rússia, numa tentativa de castigar Moscovo por alegadamente ter interferido nas eleições presidenciais de 2016, assim como devido a outras "atividades malignas".
Eur/Usd ressalta no canal ascendente e consolida
Na última semana, Ewald Nowotny, membro do BCE, afirmou que chegou o momento de uma normalização gradual da política monetária que irá requerer um delicado equilíbrio das medidas, assim como uma sequência cuidadosa do tempo. A FED, segundo as minutas da sua última reunião de março, revelou que todos os membros da instituição sentem que a inflação nos EUA poderá aumentar nos próximos meses. Já na Zona Euro, nas minutas do BCE, verifica-se uma preocupação do banco central em torno do fortalecimento do euro e de uma possível guerra comercial.
Numa perspetiva técnica, o Eur/Usd testou o limite inferior do canal ascendente de longo-prazo, mas demonstrou alguma robustez e acabou por ressaltar para níveis acima dos $1.2300. O par tem vindo a consolidar entre as linhas de retração de fibonacci 0% e 38.2% ($1.2220), linha de retração que serviu como suporte, no último ressalto do Eur/Usd. O par segue sem grande tendência definida (apesar de manter um ligeiro tom bullish), com os indicadores técnicos a dar sinais relativamente neutrais, devendo o Eur/Usd permanecer em lateralização.
Crude segue em alta com tensões no Médio Oriente
A suavização das tensões comerciais entre os EUA e a China (maior importador de petróleo) e das tensões no Médio Oriente, ajudaram o Crude a valorizar. Apesar de a Síria não ser um produtor relevante de petróleo, o acontecimento acaba por afetar os países vizinhos e a Rússia. Adicionalmente, confirmou-se que a OPEP reduziu a sua produção em março. Por outro lado, EIA reportou uma subida significativa de stocks nos EUA, sinalizando também um novo recorde de produção neste país.
O petróleo segue em alta, do ressalto verificado no início deste mês na linha de tendência ascendente, na última semana, e acabou por quebrar uma resistência de grande relevância fixada a $66.5. O MACD deu um falso sinal de perda da toada de alta, e acabou por ver as suas médias móveis exponenciais cruzarem, novamente, dando assim um sinal de compra.
Ouro atingiu máximos de janeiro com aumento das tensões na Síria
A cotação do ouro seguiu em alta na última semana com a escalada das tensões na Síria e com as preocupações geopolíticas daí provenientes, sendo que a "guerra comercial" entre os EUA e a China também causam alguma apreensão. Donald Trump ameaçou na semana passada a possibilidade de ocorrerem lançamentos de mísseis sobre a Síria, tendo posteriormente revelado uma postura mais comedida, afirmando num tweet que o ataque "poderia estar para breve ou não". Após a afirmação mencionada, o metal acabou por recuar ligeiramente.
A nível técnico, o ouro testou zona de resistência dos $1344-$1355, quebrando-a em alta. No entanto, a commodity embateu no nível de retração de fibonacci dos 0%, nos $1366, um valor máximo verificado pela última vez em janeiro deste ano. A cotação do metal acabou por recuar para valores abaixo da zona de resistência dos $1344-$1355, apesar de manter-se acima da linha de tendência ascendente de curto prazo. O ouro poderá encontrar algum suporte na referida linha, depois do sinal de venda providenciado pelo Estocástico e do MACD, no gráfico diário.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.