Notícia
IMF – Libra valoriza com possível subida de taxas de juro
Eur/Gbp atingiu mínimos de duas semanas; Eur/Usd ressalta na linha de tendência ascendente de curto-prazo; Crude permanece sobre pressão com a produção dos EUA; Ouro falhou teste à zona de resistência dos $1344-$1355.
26 de Fevereiro de 2018 às 09:41
Eur/Gbp atingiu mínimos de duas semanas
A libra tem vindo a recuperar terreno face ao euro ao longo das últimas duas semanas, tendo valorizado cerca de 1.50% face à divisa europeia, em apenas sete sessões. Recentemente, Andy Haldane, economista-chefe e membro do banco central de Inglaterra (BoE) afirmou que poderá ser necessário aumentar taxas de uma forma mais acelerada do que o expectável. Quanto à taxa de desemprego em dezembro, esta saiu acima do esperado (4.4% vs. 4.3%), tendo o número de desempregados até reduzido (-7.2 mil vs. +4.1 mil esperados). Já a média de rendimentos aumentou 2.5%, podendo catalisar a inflação e o consequente aumento nas taxas de juro por parte do Bank of England, desencadeando uma valorização da libra.
A nível técnico, o par continua o seu movimento de lateralização ao longo do canal ligeiramente descendente, iniciado em setembro do ano passado. O Eur/Gbp encontra-se relativamente perto da barreira suporte dos £0.8750. Caso o câmbio a quebre em baixa, poderemos vir a observar um teste à linha inferior do canal entre os £0.8600 e os £0.8700.
Eur/Usd ressalta na linha de tendência ascendente de curto-prazo
Na última semana, a posição da maioria dos membros do Conselho de Governadores relativamente à comunicação do BCE foi clara, dando a entender que seria prematuro alterar a política monetária atual, apesar da crescente confiança de que a inflação irá atingir os valores pretendidos pela Banco Central. Na sexta-feira, na Zona Euro, a taxa de inflação desceu para 1.3% em janeiro de 2018. Nos EUA as minutas da última reunião da FED, divulgadas na semana passada, reforçaram a probabilidade de as taxas de juro subirem.
No gráfico diário, a MACD e o estocástico deram um trigger de compra e indicam uma possível correção, após o par ressaltar na linha de tendência de curtíssimo-prazo e na zona dos $1.2300. Contudo, a possibilidade de uma formação de um duplo topo continua presente, caso o par quebre em baixa a zona dos $1.2200, ganhando posteriormente terreno para testar a zona dos $1.2090.
Crude permanece sobre pressão com a produção dos EUA
Continua a haver a ideia de um certo equilíbrio, sendo que por um lado a adesão da OPEP e da Rússia aos cortes prometidos tem sido elevada, mas por outro temos os EUA a aumentar a produção para novos recordes todas as semanas. Os preços destas matérias seguem debaixo de pressão sobre os receios de que o aumento da produção de petróleo e das exportações estado-unidenses ultrapassem a compensação feita pelas tentativas lideradas pela OPEP para diminuir as reservas (cortes na produção), com a subida do dólar a impulsionar ainda mais a queda desta matéria-prima.
Numa perspetiva técnica, em caso de subida o primeiro objetivo estará nos máximos recente a $66.60. Na retoma da descida, os $57.9 voltarão a figurar como um nível relevante, capaz de despoletar ordens de venda casa quebrado.
Ouro falhou teste à zona de resistência dos $1344-$1355.
Depois de ter atingido máximos de janeiro nos $1361, o ouro caiu cerca de 2.50% em apenas uma semana, tendo este sido uma das piores dos últimos dois meses e meio.
Essa queda foi em grande parte devida à valorização recente do dólar, consequência das expectativas dos investidores relativamente à aceleração na subida de taxas de juro por parte da FED. Para além disso, os yields das T-Bonds americanas continuam elevados pelo que também influenciaram negativamente o preço do "metal precioso".
A nível técnico, a cotação do ouro não conseguiu derrubar a resistência dos $1344-$1355, podendo vir a realizar novo teste em breve, tendo em conta o seu movimento ascendente, acima da linha de tendência de curto prazo. Contudo, o gráfico diário da MACD apresenta ainda uma divergência significativa entre as médias móveis, podendo este sinal ser indicativo de um recuo da cotação do metal precioso e de um consequente rompimento da linha de tendência com início em meados de dezembro.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
A libra tem vindo a recuperar terreno face ao euro ao longo das últimas duas semanas, tendo valorizado cerca de 1.50% face à divisa europeia, em apenas sete sessões. Recentemente, Andy Haldane, economista-chefe e membro do banco central de Inglaterra (BoE) afirmou que poderá ser necessário aumentar taxas de uma forma mais acelerada do que o expectável. Quanto à taxa de desemprego em dezembro, esta saiu acima do esperado (4.4% vs. 4.3%), tendo o número de desempregados até reduzido (-7.2 mil vs. +4.1 mil esperados). Já a média de rendimentos aumentou 2.5%, podendo catalisar a inflação e o consequente aumento nas taxas de juro por parte do Bank of England, desencadeando uma valorização da libra.
Eur/Usd ressalta na linha de tendência ascendente de curto-prazo
Na última semana, a posição da maioria dos membros do Conselho de Governadores relativamente à comunicação do BCE foi clara, dando a entender que seria prematuro alterar a política monetária atual, apesar da crescente confiança de que a inflação irá atingir os valores pretendidos pela Banco Central. Na sexta-feira, na Zona Euro, a taxa de inflação desceu para 1.3% em janeiro de 2018. Nos EUA as minutas da última reunião da FED, divulgadas na semana passada, reforçaram a probabilidade de as taxas de juro subirem.
No gráfico diário, a MACD e o estocástico deram um trigger de compra e indicam uma possível correção, após o par ressaltar na linha de tendência de curtíssimo-prazo e na zona dos $1.2300. Contudo, a possibilidade de uma formação de um duplo topo continua presente, caso o par quebre em baixa a zona dos $1.2200, ganhando posteriormente terreno para testar a zona dos $1.2090.
Crude permanece sobre pressão com a produção dos EUA
Continua a haver a ideia de um certo equilíbrio, sendo que por um lado a adesão da OPEP e da Rússia aos cortes prometidos tem sido elevada, mas por outro temos os EUA a aumentar a produção para novos recordes todas as semanas. Os preços destas matérias seguem debaixo de pressão sobre os receios de que o aumento da produção de petróleo e das exportações estado-unidenses ultrapassem a compensação feita pelas tentativas lideradas pela OPEP para diminuir as reservas (cortes na produção), com a subida do dólar a impulsionar ainda mais a queda desta matéria-prima.
Numa perspetiva técnica, em caso de subida o primeiro objetivo estará nos máximos recente a $66.60. Na retoma da descida, os $57.9 voltarão a figurar como um nível relevante, capaz de despoletar ordens de venda casa quebrado.
Ouro falhou teste à zona de resistência dos $1344-$1355.
Depois de ter atingido máximos de janeiro nos $1361, o ouro caiu cerca de 2.50% em apenas uma semana, tendo este sido uma das piores dos últimos dois meses e meio.
Essa queda foi em grande parte devida à valorização recente do dólar, consequência das expectativas dos investidores relativamente à aceleração na subida de taxas de juro por parte da FED. Para além disso, os yields das T-Bonds americanas continuam elevados pelo que também influenciaram negativamente o preço do "metal precioso".
A nível técnico, a cotação do ouro não conseguiu derrubar a resistência dos $1344-$1355, podendo vir a realizar novo teste em breve, tendo em conta o seu movimento ascendente, acima da linha de tendência de curto prazo. Contudo, o gráfico diário da MACD apresenta ainda uma divergência significativa entre as médias móveis, podendo este sinal ser indicativo de um recuo da cotação do metal precioso e de um consequente rompimento da linha de tendência com início em meados de dezembro.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.