Notícia
IMF – Inflação da Zona Euro em mínimo de 2 anos
Japão com perspetiva de recuperação económica modesta; Inflação da Zona Euro em mínimo de 2 anos; Petróleo renovou máximos de 1 ano; Ouro renovou mínimos de 6 meses.
02 de Outubro de 2023 às 14:00
| Japão com perspetiva de recuperação económica modesta
O governo do Japão manteve a sua perspetiva de uma recuperação económica modesta, mas melhorou a sua previsão para os lucros das empresas pela 1ª vez desde março de 2022, mesmo após ter alertado para os riscos decorrentes de um abrandamento global. No relatório mensal de setembro, o Governo indica que a economia está a recuperar moderadamente, devido ainda a medidas de apoio ao crescimento ligadas ao fim das restrições do Covid-19. Este relatório surgiu após o Primeiro-Ministro japonês, Fumio Kishida, ter revelado os pilares de um novo pacote económico, que inclui medidas para aliviar os feitos da subida dos preços e para aumentar salários. Numa outra nota, o Governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, afirmou que existe uma "incerteza muito elevada" quanto à possibilidade de as empresas continuarem a subir os preços e os salários. O governador apresentou uma visão cautelosa das perspetivas económicas no estrangeiro, alertando para as consequências da subida agressiva das taxas de juro nos EUA e para o fraco crescimento da economia chinesa. Segundo Ueda, a chave para as perspetivas da política monetária é saber se o forte crescimento dos salários e do consumo se tornam o principal fator de inflação. Assim, acrescentou que se assiste a sinais de mudança no comportamento das empresas em matéria de fixação de preços e salários, mas existe grande incerteza quanto à amplitude destas mudanças.
Na última semana, o Eur/Jpy manteve o comportamento que tem apresentado ao longo do último mês, ao se manter apoiado por um suporte nos 157 ienes, lateralizando ligeiramente acima do mesmo. O par tem como futura resistência o nível dos 160 ienes. A "ação" tem estado mais concentrada no Usd/Jpy que, ao aproximar-se de 150 ienes, provocou uma ameaça de intervenção cambial por parte do Governo nipónico.
| Inflação da Zona Euro em mínimo de 2 anos
De acordo com a leitura preliminar do Eurostat, a inflação da Zona Euro recuou em setembro para o mínimo dos últimos 2 anos, nos 4.3% face ao período homólogo, enquanto o mercado esperava uma queda para os 4.5%, após uma leitura de 5.2% em agosto. Em cadeia, a inflação subiu 0.3%, após a subida de 0.5% registada no mês anterior. Já a inflação subjacente, que exclui os componentes mais voláteis como a alimentação e energia, recuou para os 4.5%, face ao consenso do mercado de 4.8%, após um registo de 5.3% no mês de agosto. Em cadeia, a inflação subjacente subiu 0.2%, abaixo dos 0.3% do mês anterior. Estas leituras fortalecem a convicção do BCE de que já subiu as taxas o suficiente para reduzir a inflação para a sua meta de 2% até 2025.
O Presidente da Reserva Federal de Chicago, Austan Goolsbee, alertou que não se deve confiar demasiado em estratégias passadas no combate à inflação, defendendo uma maior prudência nas futuras decisões da FED. Assim, acredita que a FED conseguirá reduzir a inflação sem prejudicar significativamente o emprego e o crescimento, algo considerado "raro". Embora a inflação ainda esteja acima da meta da FED, Goolsbee citou estudos recentes que indicam que a inflação poderá aproximar-se da meta sem mais subidas de taxas. Destacou ainda a importância de manter as expectativas públicas sobre a inflação bem ancoradas, o que poderia permitir uma redução da inflação com menos impacto económico do que o observado no passado.
Na semana passada, o Eur/Usd voltou a desvalorizar, tendo ainda renovado mínimos de inícios janeiro de 2023 nos $1.0486, mantendo-se acima da zona de suporte de $1.0480 (mínimos de janeiro e visitado em março). Posteriormente o par recuperou ligeiramente, aproximando-se novamente dos $1.0600.
| Petróleo renovou máximos de 1 ano
No início da semana, o petróleo renovou máximos de mais de um ano, enquanto continua a beneficiar do corte voluntário de produção da Rússia e da Arábia Saudita, esperando-se que tal corte venha a dominar os preços da matéria-prima durante o resto do ano.
O petróleo deu continuidade à sua valorização, tendo renovado máximos de mais de 1 ano ligeiramente acima dos $95. No final da semana a matéria-prima corrigiu, aproximando-se dos $90/barril.
| Ouro renovou mínimos de 6 meses
O ouro apresentou uma semana de queda, tendo renovado mínimos de 6 meses, enquanto foi prejudicado principalmente pelo facto de os yields do Tesouro dos EUA a 10 anos terem renovado máximos de 2007.
Na última semana, o ouro caiu de forma significativa e procura ainda um suporte. Pode mesmo estar a dirigir-se para o suporte de médio prazo que se situa nos $1800/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O governo do Japão manteve a sua perspetiva de uma recuperação económica modesta, mas melhorou a sua previsão para os lucros das empresas pela 1ª vez desde março de 2022, mesmo após ter alertado para os riscos decorrentes de um abrandamento global. No relatório mensal de setembro, o Governo indica que a economia está a recuperar moderadamente, devido ainda a medidas de apoio ao crescimento ligadas ao fim das restrições do Covid-19. Este relatório surgiu após o Primeiro-Ministro japonês, Fumio Kishida, ter revelado os pilares de um novo pacote económico, que inclui medidas para aliviar os feitos da subida dos preços e para aumentar salários. Numa outra nota, o Governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, afirmou que existe uma "incerteza muito elevada" quanto à possibilidade de as empresas continuarem a subir os preços e os salários. O governador apresentou uma visão cautelosa das perspetivas económicas no estrangeiro, alertando para as consequências da subida agressiva das taxas de juro nos EUA e para o fraco crescimento da economia chinesa. Segundo Ueda, a chave para as perspetivas da política monetária é saber se o forte crescimento dos salários e do consumo se tornam o principal fator de inflação. Assim, acrescentou que se assiste a sinais de mudança no comportamento das empresas em matéria de fixação de preços e salários, mas existe grande incerteza quanto à amplitude destas mudanças.
| Inflação da Zona Euro em mínimo de 2 anos
De acordo com a leitura preliminar do Eurostat, a inflação da Zona Euro recuou em setembro para o mínimo dos últimos 2 anos, nos 4.3% face ao período homólogo, enquanto o mercado esperava uma queda para os 4.5%, após uma leitura de 5.2% em agosto. Em cadeia, a inflação subiu 0.3%, após a subida de 0.5% registada no mês anterior. Já a inflação subjacente, que exclui os componentes mais voláteis como a alimentação e energia, recuou para os 4.5%, face ao consenso do mercado de 4.8%, após um registo de 5.3% no mês de agosto. Em cadeia, a inflação subjacente subiu 0.2%, abaixo dos 0.3% do mês anterior. Estas leituras fortalecem a convicção do BCE de que já subiu as taxas o suficiente para reduzir a inflação para a sua meta de 2% até 2025.
O Presidente da Reserva Federal de Chicago, Austan Goolsbee, alertou que não se deve confiar demasiado em estratégias passadas no combate à inflação, defendendo uma maior prudência nas futuras decisões da FED. Assim, acredita que a FED conseguirá reduzir a inflação sem prejudicar significativamente o emprego e o crescimento, algo considerado "raro". Embora a inflação ainda esteja acima da meta da FED, Goolsbee citou estudos recentes que indicam que a inflação poderá aproximar-se da meta sem mais subidas de taxas. Destacou ainda a importância de manter as expectativas públicas sobre a inflação bem ancoradas, o que poderia permitir uma redução da inflação com menos impacto económico do que o observado no passado.
Na semana passada, o Eur/Usd voltou a desvalorizar, tendo ainda renovado mínimos de inícios janeiro de 2023 nos $1.0486, mantendo-se acima da zona de suporte de $1.0480 (mínimos de janeiro e visitado em março). Posteriormente o par recuperou ligeiramente, aproximando-se novamente dos $1.0600.
| Petróleo renovou máximos de 1 ano
No início da semana, o petróleo renovou máximos de mais de um ano, enquanto continua a beneficiar do corte voluntário de produção da Rússia e da Arábia Saudita, esperando-se que tal corte venha a dominar os preços da matéria-prima durante o resto do ano.
O petróleo deu continuidade à sua valorização, tendo renovado máximos de mais de 1 ano ligeiramente acima dos $95. No final da semana a matéria-prima corrigiu, aproximando-se dos $90/barril.
| Ouro renovou mínimos de 6 meses
O ouro apresentou uma semana de queda, tendo renovado mínimos de 6 meses, enquanto foi prejudicado principalmente pelo facto de os yields do Tesouro dos EUA a 10 anos terem renovado máximos de 2007.
Na última semana, o ouro caiu de forma significativa e procura ainda um suporte. Pode mesmo estar a dirigir-se para o suporte de médio prazo que se situa nos $1800/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.