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IMF – FED e BoE mantiveram taxas inalteradas

BoE manteve taxas inalteradas; FED diz que taxas já atingiram pico; Petróleo pressionado pela economia e pela geopolítica; Ouro cai após renovar máximos de 1 mês.

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BoE manteve taxas inalteradas

O Banco de Inglaterra (BoE) manteve as taxas de juro de referência inalteradas no seu máximo de 16 anos nos 5.25%, como era esperado, mas admite que a política monetária agora está em "revisão", o que na prática abre espaço a cortes este ano. Na reunião, 6 membros votaram a favor de manter as taxas inalteradas, dois votaram numa subida e, pela primeira vez desde 2020, um dos membros defendeu um corte de taxas. O governador do BoE, Andrew Bailey, afirmou que a inflação estava "a avançar na direção certa" e o BoE abandonou o aviso anterior de que as taxas poderiam subir novamente. Bailey acrescentou que é ainda demasiadamente cedo para declarar "vitória" e que a descida da inflação para a meta de 2% não será algo rápido porque se espera uma nova aceleração na subida de preços. A libra manteve-se relativamente inalterada, visto que a decisão era esperada, mas há +10pb de cortes descontados do que no início da semana.

As expectativas da inflação do Reino Unido, especialmente a curto prazo, diminuíram, de acordo com um inquérito realizado aos britânicos. Assim, as expectativas do inquérito de dezembro apontam para que a inflação recue nos próximos 12 meses para 3.5%, face a 3.9% em novembro e 4.2% nas sondagens de outubro. Além disso, as expectativas entre 5 e 10 anos fixaram-se nos 3.4% em dezembro, igualando o registo de novembro, mas recuando face aos 3.5% de outubro.

Na última semana, o Eur/Gbp deu continuidade à tendência apresentada no final da semana anterior, tendo permanecido a transacionar horizontalmente, abaixo da resistência das £0.8550. O par ainda renovou, por momentos, mínimos de agosto de 2023 nas £0.8511.

FED diz que taxas já atingiram pico

A Reserva Federal dos EUA (FED) decidiu manter as taxas de juro de referência inalteradas nos 5.25% - 5.50%. Em conferência de imprensa após a decisão, Jerome Powell, presidente da FED, num apoio generalizado à força da economia dos EUA, afirmou que as taxas de juro tinham atingido o seu pico e que iriam baixar ao longo dos próximos meses, com a inflação a continuar a cair e uma expetativa de crescimento sustentado do emprego e da economia. Powell acrescentou que a inflação continua a ser demasiado elevada e que não é garantido que continue a recuar de um modo sustentável. Adicionou ainda que os cortes nas taxas não seriam apropriados até haver "maior confiança de que a inflação está a avançar" para o objetivo de 2% do banco central.

A Zona Euro registou uma ligeira baixa na inflação em janeiro, o que era esperado, mas as pressões subjacentes permaneceram mais resilientes do que o previsto. Na Zona Euro, segundo a leitura preliminar, a inflação harmonizada de janeiro recuou em termos homólogos para 2.8%, face a 2.9% no mês anterior. Em cadeia, a inflação caiu 0.4%, face à subida de 0.2% em dezembro. A inflação subjacente, recuou para 3.3% face ao período homólogo (3.4% em dezembro), mas acima dos 3.2% esperados pelo mercado. Em cadeia, a inflação subjacente caiu 0.9%, face a +0.5% em dezembro. Os dados podem reforçar a posição do BCE de não cortar as taxas mais cedo, mesmo que já esteja assumido que o próximo passo será uma descida de juros.

Durante as primeiras 3 sessões da semana passada, o Eur/Usd desvalorizou ligeiramente, aproximando-se dos $1.0800, até, na quinta-feira, renovar mínimos de dezembro de 2023 nos $1.0778, para posteriormente valorizar para perto dos $1.0900. No entanto, na sexta-feira, o Eur/Usd retornou a perder força após os números do emprego e voltou a transacionar abaixo dos $1.0800.

Petróleo pressionado pela economia e pela geopolítica

Na última semana, o preço do petróleo desvalorizou de um modo contínuo, dadas enquanto as preocupações com a recuperação económica da China, os dados de um mercado laboral forte dos EUA e perspetivas de um cessar-fogo em Gaza a penalizarem o preço.

O petróleo iniciou a semana a renovar máximos de novembro de 2023 nos $79.29. No entanto, nas restantes sessões desvalorizou até encontrar um suporte na linha de tendência ascendente (representada a vermelho) perto dos $72.

Ouro caiu após renovar máximos de 1 mês

Até à quinta-feira passada, o preço do ouro subiu ligeiramente, à medida que o dólar recuava. No entanto, na última sessão da semana o ouro caiu em reação aos dados do mercado laboral dos EUA mais fortes que o esperado e que reduziram as expectativas de cortes nas taxas de juro por parte da FED, dando força à moeda norte-americana.

O ouro iniciou a semana a valorizar até renovar máximos de quase 1 mês nos $2065/onça, mas, na última sessão da semana, perdeu terreno para perto dos $2 030/onça, permanecendo com o nível dos $2 000/onça como suporte importante.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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