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IMF – Euro acima de $1,18 com vacina da Pfizer e vitória de Biden

Brasil: Setor terciário recupera pelo 4º mês, PIB poderá crescer 4% em 2021; Euro acima de $1,18 com vacina da Pfizer e vitória de Biden; Otimismo em relação à vacina Covid-19 impulsiona preços do petróleo; Ouro permanece a lateralizar

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| Brasil: Setor terciário recupera pelo 4º mês, PIB poderá crescer 4% em 2021

O setor terciário do Brasil cresceu pelo quarto mês consecutivo em setembro, com os números do Instituto de Estatística a apresentarem um incremento de 1,8% em cadeia, acima dos +1,1% esperados. Face ao período homólogo, a variação continua negativa (-7,2%), mas representa uma melhoria face aos -8,1% do mês anterior. O setor permanece a recuperar de forma gradual, após ter registado uma quebra de 19,8% de fevereiro a maio durante a primeira vaga da pandemia de Covid-19. Ainda assim, é importante notar que o volume dos serviços permanece a 8% dos níveis pré-pandémicos, mas os ganhos são animadores. Numa nota à parte, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, estimou que o PIB brasileiro pode subir até 4% em 2021, e voltou a avaliar que a retoma pós-crise está a surpreendê-lo, citando um aumento "extraordinário" neste mês. Esta perspetiva é ligeiramente mais otimista do que a do Banco Central, que perspetiva um avanço de 3,31%.

Tecnicamente, o Eur/Brl apresenta uma tendência de alta nos últimos meses, à medida que transaciona dentro do canal de tendência ascendente (vermelho). Recentemente o par recuou para próximo do limite inferior de este, à volta dos R$6,10 e aparenta estar agora a ressaltar. Para o curto e médio prazos tudo aponta para que os ganhos do par continuem, estando a próxima resistência nos R$6,80 reais – máximos históricos.


| Euro acima de $1,18 vacina da Pfizer e vitória de Biden

Após ter recuado para mínimos de quatro meses, em torno dos $1,16, o Eur/Usd acabou por ressaltar, regressando agora para níveis em torno dos $1,18. A provável vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas gerou algum otimismo nos mercados, alimentando o apetite pelo risco e consequentemente o Euro. Para além de isto, o anúncio de que a vacina experimental da Pfizer apresenta uma taxa de eficácia de mais de 90% na prevenção contra o Covid-19 contribuiu ainda mais para o otimismo dos mercados. Não obstante, nem tudo é positivo. Por um lado, na melhor das hipóteses, a vacina só poderia, realisticamente, ser utilizada no continente europeu a partir da primavera de 2021. Por outro, a segunda vaga que se vivencia atualmente continua a ganhar ímpeto, colocando em causa a recuperação no último trimestre do ano, com os dados mais recentes já a apontarem para tal. Em França, após a taxa de desemprego ter "disparado" de 7,1% no segundo trimestre, para 9% nos três meses até setembro (mês que mais penalizou o trimestre), o Banco Central disse que a atividade económica do país foi 12% inferior ao normal este mês, depois de ter entrado num novo confinamento. Para além disto, o sentimento dos investidores da ZE deteriorou-se este mês, com o índice, medido pelo Sentix, a cair de -8,3% em outubro para -10 em novembro. Destaque adicional para os dados preliminares do PIB da ZE no 3º Trim, que deverá ter registado um crescimento recorde de 12,6% neste período. Não obstante, este nível representa uma ligeira revisão em baixo dos 12,7% esperados anteriormente e mesmo com este ganho, a atividade económica contraiu 4,4% face ao período homólogo.

A nível técnico, o Eur/Usd continua a lateralizar. Para o curto-prazo, tudo aponta para que o par dê seguimento a este movimento, entre os $1,16 e $1,20. O MACD apresenta um sinal nulo, corroborando esta perspetiva.


| Otimismo em relação à vacina Covid-19 impulsiona preços do petróleo

Os preços do petróleo voltaram a registar ganhos sólidos, com o valor do crude a registar uma valorização semanal acima de 8%. Os preços do "ouro negro" beneficiaram de dois grandes fatores. O 1º passa pela revelação de que a vacina da experimental da Pfizer e BioNtech apresenta uma taxa de prevenção de mais de 90% contra o Covid-19, melhorando as perspetivas para a economia global e, portanto, para a procura da matéria-prima. Já o 2º fator passa pelo facto de a Arábia Saudita ter dito que o acordo de corte de produção da OPEP e seus parceiros, que se encontra em vigor, poderá ser ajustado para equilibrar o mercado. Numa nota mais negativa, os ganhos do petróleo foram limitados no final da semana, após a EIA ter revelado um aumento inesperado nos inventários de crude dos EUA na última semana, na ordem de 4,278 milhões, quando se esperava uma queda de mais de 900 mil barris.

Tecnicamente, o crude ressaltou e testa níveis acima da resistência dos $40, começando a apresentar uma perspetiva ligeiramente mais bullish para o curto-prazo. Não obstante, está a apresentar dificuldades em afastar de forma significativa este nível, podendo ser aguardada uma lateralização entre os $40 e $44.


| Ouro permanece a lateralizar

Na temática do ouro não existem grandes novidades a assinalar, após os ligeiros ganhos da semana anterior, o preço do metal-precioso acabou por corrigir, mantendo assim o movimento de lateralização em torno dos $1850 e $2000 por barril. A vitória de Joe Biden e a já mencionada possível vacina contra o Covid-19 criaram otimismo nos mercados, pressionando os principais ativos de refúgio, como é o caso do ouro.

Tecnicamente, o ouro não apresenta qualquer tipo de sinais. O ativo permanece a lateralizar e os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD continuam a registar sinais praticamente nulos, sugerindo que a tendência de consolidação deverá permanecer, pelo menos no curto-prazo.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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