Notícia
IMF – Eur/Cad em mínimos de mês e meio
Dólar canadiano valoriza após dados da inflação acima do esperado; Eur/Usd recuou e quebrou os $1.14, mas acaba por recuar; Crude consolida após ressalto em alta no final de dezembro; Ouro recua para mínimos de mais de uma semana.
Dólar canadiano valoriza após dados da inflação acima do esperado
O Eur/Cad recuou na passada sexta-feira para mínimos de mês e meio após a publicação dos dados da inflação relativos a dezembro. O índice de preços do consumidor homólogo no Canadá em dezembro acelerou para os 2%, acima dos 1.7% previstos pela Reuters, valor esse que se verificou igualmente em novembro.
A nível técnico, o Eur/Cad testou a linha de tendência ascendente de curto prazo perto dos C$1.5050. O MACD aponta para uma desvalorização do par pelo que é esperada uma quebra dessa barreira. Caso isso suceda, o câmbio poderá recuar até ao suporte dos $1.49. No entanto, a queda não deverá ser muito mais ampla, dado que o RSI de 14 períodos se encontra já próximo de níveis oversold.
Eur/Usd recuou e quebrou os $1.14
O Eur/Usd, que acabou por definir máximos do ciclo no dia 11, recuou e testou níveis abaixo dos $1.14 – mínimos de duas semanas. Draghi discursou na última semana, na qual um estudo demonstrou que dois terços das empresas alemãs querem que o BCE suba as taxas de juro. O Presidente do BCE afirmou que os recentes desenvolvimentos económicos da Zona Euro têm sido mais fracos que o esperado e que as incertezas permanecem, dando assim a entender que ainda é necessária uma quantidade significativa de estímulos para continuar a apoiar as pressões inflacionistas no médio-prazo. A última semana foi marcado pelo abrandamento da economia alemã de 2.2% em 2017 para 1.5% em 2018, evitando por uma fração ínfima uma recessão, após ter contraído 0.2% no terceiro trimestre.
Tecnicamente, o Eur/Usd acabou por recuar após testar o limite superior do canal ascendente. O par desceu e chegou a testar níveis abaixo dos $1.14. No entanto, aparentemente o par encontrou suporte nesta zona e deverá voltar a recuperar das recentes quedas, mesmo com o MACD a dar sinal de venda. Suporte fixa-se no limite inferior do canal descendente.
Crude consolida após ressalto em alta no final de dezembro
Os dados macroeconómicos fracos sobre a economia chinesa têm vindo a fazer com que o sentimento se deteriore e o petróleo acabe por ser pressionado. Apesar de tudo, esta recuperação dos preços do petróleo dão uma perspetiva de que o sentimento está ligeiramente mais positivo do que há um mês. Os analistas continuam com receios de que a produção dos EUA vai continuar a subir até 2020 e devido ao abrandamento global.
Tecnicamente, o crude ao negociar em níveis oversold e próximo dos 38.2% de retração de fibonacci, acabou por consolidar ligeiramente dos ganhos que vinha a registar nas últimas duas semanas. No entanto, o MACD vê o sinal de compra intensificar-se podendo indicar que a matéria-prima poderá estar a corrigir parte da pressão bullish de curto-prazo, mas em breve voltará ao viés ascendente iniciado no final de dezembro.
Ouro recua para mínimos de mais de uma semana
Com a probabilidade de um acordo entre EUA e China a nível comercial e com a consequente redução da incerteza em torno do conflito, o ouro sofreu uma queda mais acentuada na passada sexta-feira para mínimos de mais de uma semana. O aparente amenizar do conflito fez subir os mercados bolsistas, penalizando o ouro.
A nível técnico, o metal precioso tem testado constantemente a resistência dos $1300. O MACD inverteu recentemente o seu sinal e aponta agora para uma queda do ouro. A commodity poderá assim seguir em baixa e encontrar suporte na linha ascendente de curto prazo. Caso a quebre, o metal poderá eventualmente recuar até ao nível de retração fibonacci dos 38.2% nos $1243.
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