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IMF – Eur/Cad em máximos de mais de duas semanas

Euro recupera após atingir máximos do ano face ao dólar canadiano; Trump e Jerome Powell pressionam o dólar; Escalada dos conflitos comerciais continuam a pressionar o crude; Ouro corrige em alta ligeira dos mínimos do ano com queda do dólar.

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Euro recupera após atingir máximos do ano face ao dólar canadiano

O dólar canadiano já recuou mais de 2.5% desde que atingiu máximos do ano face ao euro nos C$1.4791. Na semana passada, foi divulgada a taxa de inflação anual (homóloga) do Canadá, tendo esta acelerado para 3.0% em julho, de 2.5% em junho, com os preços da energia a aumentar, elevando as expectativas de que o Banco do Canadá possa subir as taxas de juro no próximo mês. O BoC, que já subiu as taxas de juro em julho pela quarta vez num ano, tem uma meta de inflação de 2.0%. Contudo, o mercado reagiu de forma contrária à prevista.

Numa perspetiva técnica, o Eur/Cad deverá dar continuidade a sua valorização, atendendo ao movimento ascendente do MACD, no gráfico diário. Caso tal facto se verifique, o câmbio deverá prosseguir até encontrar a média móvel de 100 dias, muito próxima da linha descendente de médio prazo onde historicamente tem encontrado alguma resistência. Caso consiga derrubar as referidas barreiras, surge a possibilidade de um rally até à resistência dos C$1.5375.

Trump e de Jerome Powell pressionam o dólar

Trump, afirmou que não está "empolgado" com a FED e com Jerome Powell, devido à subida das taxas de juro, afirmando que o banco central deveria fazer mais para estimular a economia. Trump também acusou a China e Europa de manipularem as suas respetivas moedas. O protecionismo e a ameaça de uma guerra comercial global são os maiores riscos para a economia da Zona Euro, mas o crescimento continua firme, segundo os membros do BCE. Jerome Powell, em Jackson Hole, reiterou a necessidade de uma subida gradual de taxas, mas subestimou a necessidade de uma postura mais agressiva.

Tecnicamente, o par tem vindo a seguir o canal descendente registado desde final de maio. O MACD aponta para uma recuperação do par. Contudo, o Eur/Usd registou uma perda de momentum ao falhar o teste ao nível de retração 23.6% de fibonacci, podendo indicar vulnerabilidade acima dos $1.1550.

Escalada dos conflitos comerciais continuam a pressionar o crude

No início da última semana a escalada dos conflitos comerciais continuaram a pressionar o petróleo, apesar de ter recebido algum suporte na redução considerável dos stocks dos EUA. Os mercados aparentam estar a descontar que a produção dos EUA está a desacelerar, num momento em que as sanções sobre o Irão voltam a pesar sobre os preços. Alguns analistas acreditam que as exportações deste país poderão cair para menos de metade do volume habitual.

Tecnicamente, o MACD deu um sinal de compra, à medida que o crude se aproxima da linha superior do canal descendente. Este movimento poderá resultar na quebra e posterior afastamento do canal, levando a matéria a negociar acima dos $69.

Ouro corrige em alta ligeira dos mínimos do ano com queda do dólar.

O ouro sofreu na última semana uma valorização razoável, associada ao recuo do dólar face às moedas mais poderosas a nível mundial, em grande parte devido aos riscos de instabilidade política nos EUA. O presidente dos EUA Donald Trump enfrenta o ataque mais sério à sua presidência desde que tomou posse, correndo riscos de um impeachment, uma vez que tentou silenciar duas atrizes, podendo tal facto ser considerado como uma contribuição ilegal para a sua campanha, algo que este nega ter tido conhecimento.

A nível técnico, o ouro ressaltou no limite inferior do canal descendente de médio prazo, na semana passada, dos mínimos do ano nos $1159. O metal não apresenta uma tendência definida pelo que será relevante estar atento a possíveis testes aos limites do referido canal, uma vez que poderão servir como uma referência para movimentos futuros do mesmo.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.


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