Notícia
IMF – Dólar canadiano recupera com acordo EUA-Canadá
Eur/Cad recuou na semana passada para mínimos de novembro de 2017; Jerome Powell e dados sólidos nos EUA impulsionam o dólar; Possibilidade de uma escassez no lado da oferta pressiona Crude; Ouro continua a consolidar após abordagem hawkish da Fed
08 de Outubro de 2018 às 11:47
Eur/Cad recuou na semana passada para mínimos de novembro de 2017
Os EUA, Canadá e México chegaram a um acordo de última hora ontem, substituindo o anterior acordo (NAFTA) pelo mais recente USMCA. O impasse entre os EUA e o Canadá terminou após chegarem a acordo sobre o acesso ao mercado de laticínios canadiano por parte dos produtores norte-americanos. O Canadá espera agora que termine a suspensão da isenção de direitos aduaneiros nas importações de aço e de alumínio decretada por Donald Trump em maio. O Eur/Cad caiu no dia seguinte para mínimos de mês e meio. Entretanto, o par deu seguimento a essa desvalorização e já transaciona em mínimos de novembro de 2017. O PMI industrial do Canadá em setembro recuou mais que o esperado (54.8 vs 56.6 previstos).
A nível técnico, o Eur/Cad testou e ressaltou de forma muito ligeira no suporte dos C$1.48. O par poderá eventualmente quebrar essa barreira, atendendo ao movimento descendente do MACD. Contudo, essa queda poderá não ser tão ampla, tendo em conta que o RSI de 14 períodos, no gráfico diário, apresenta níveis oversold. O próximo suporte situa-se nos C$1.4740.
Jerome Powell e dados sólidos nos EUA impulsionam o dólar.
O cenário político continua a estar presente no foco do mercado, após o governo italiano ter cortado o défice orçamental para 2020 e 2021, de 2.4% para 2.2% e 2.0%, respetivamente. No entanto, Itália diz que não receia que a Comissão Europeia rejeite os planos orçamentais, tendo Matteo Salvini, líder da Liga Norte, indicado que "ou passa ou não passa". Nos EUA, os sólidos dados económicos e um discurso um pouco mais dovish de Jerome Powell ("A Fed poderá elevar as taxas de juro acima do nível estimado como "neutral" enquanto a economia continuar a crescer") elevaram os yields das T-Bonds a atingir máximos de maio de 2011 e impulsionaram o dólar, levando o Eur/Usd a atingir os $1.1462.
Tecnicamente, o par tem vindo a recuar e chegou a quebrar ligeiramente os $1.1500 durante a última quarta-feira. O MACD mantém o sinal de venda e poderá indicar que o par irá testar os $1.1400 dentro em breve, caso afaste os $1.1500. Este fator é suportado pela inexistência de suportes relevantes durante o percurso até aos $1.1300.
Possibilidade de uma escassez no lado da oferta pressiona Crude.
O crude atingiu máximos de quatro anos na última semana. A suportar os preços do petróleo continuam os receios com as exportações iranianas e a possibilidade de uma escassez no lado da oferta, estando os analistas a temer que a OPEP não seja capaz de compensar a queda na produção Iraniana e Venezuelana. No entanto, a subida do dólar e o aumento da produção norte-americana conseguiram colocar alguma pressão sobre os preços.
Os preços conseguiram passar para cima dos $70, ficando por saber se agora se conseguem aguentar acima deste nível psicológico. Ultrapassada a resistência dos $75.40, a próxima situa-se nos $75.90, correspondendo a uma resistência tanto de curto, como de médio prazo.
Ouro continua a consolidar após abordagem hawkish da Fed
O ouro manteve-se estável ao longo da última semana após os dados económicos robustos divulgados nos Estados Unidos e dos comentários hawkish dos responsáveis da Reserva Federal do país terem aumentado as perspetivas de um comprometimento da instituição com uma contração da sua política monetária, dando algum impulso ao dólar norte-americano.
A nível técnico, o ouro consolida entre os $1180 - $1214, tendo encontrado alguma resistência no limite superior do mesmo. O MACD aponta para uma valorização da commodity, apesar de esse sinal não ser bastante claro. O metal deverá encontrar agora alguma resistência na média móvel dos 200 dias e nos $1214. Os suportes de referência fixam-se nos $1191 e nos $1180. Caso quebre a barreira superior em alta, poderá ocorrer um rally até perto dos $1240.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
Os EUA, Canadá e México chegaram a um acordo de última hora ontem, substituindo o anterior acordo (NAFTA) pelo mais recente USMCA. O impasse entre os EUA e o Canadá terminou após chegarem a acordo sobre o acesso ao mercado de laticínios canadiano por parte dos produtores norte-americanos. O Canadá espera agora que termine a suspensão da isenção de direitos aduaneiros nas importações de aço e de alumínio decretada por Donald Trump em maio. O Eur/Cad caiu no dia seguinte para mínimos de mês e meio. Entretanto, o par deu seguimento a essa desvalorização e já transaciona em mínimos de novembro de 2017. O PMI industrial do Canadá em setembro recuou mais que o esperado (54.8 vs 56.6 previstos).
Jerome Powell e dados sólidos nos EUA impulsionam o dólar.
O cenário político continua a estar presente no foco do mercado, após o governo italiano ter cortado o défice orçamental para 2020 e 2021, de 2.4% para 2.2% e 2.0%, respetivamente. No entanto, Itália diz que não receia que a Comissão Europeia rejeite os planos orçamentais, tendo Matteo Salvini, líder da Liga Norte, indicado que "ou passa ou não passa". Nos EUA, os sólidos dados económicos e um discurso um pouco mais dovish de Jerome Powell ("A Fed poderá elevar as taxas de juro acima do nível estimado como "neutral" enquanto a economia continuar a crescer") elevaram os yields das T-Bonds a atingir máximos de maio de 2011 e impulsionaram o dólar, levando o Eur/Usd a atingir os $1.1462.
Tecnicamente, o par tem vindo a recuar e chegou a quebrar ligeiramente os $1.1500 durante a última quarta-feira. O MACD mantém o sinal de venda e poderá indicar que o par irá testar os $1.1400 dentro em breve, caso afaste os $1.1500. Este fator é suportado pela inexistência de suportes relevantes durante o percurso até aos $1.1300.
Possibilidade de uma escassez no lado da oferta pressiona Crude.
O crude atingiu máximos de quatro anos na última semana. A suportar os preços do petróleo continuam os receios com as exportações iranianas e a possibilidade de uma escassez no lado da oferta, estando os analistas a temer que a OPEP não seja capaz de compensar a queda na produção Iraniana e Venezuelana. No entanto, a subida do dólar e o aumento da produção norte-americana conseguiram colocar alguma pressão sobre os preços.
Os preços conseguiram passar para cima dos $70, ficando por saber se agora se conseguem aguentar acima deste nível psicológico. Ultrapassada a resistência dos $75.40, a próxima situa-se nos $75.90, correspondendo a uma resistência tanto de curto, como de médio prazo.
Ouro continua a consolidar após abordagem hawkish da Fed
O ouro manteve-se estável ao longo da última semana após os dados económicos robustos divulgados nos Estados Unidos e dos comentários hawkish dos responsáveis da Reserva Federal do país terem aumentado as perspetivas de um comprometimento da instituição com uma contração da sua política monetária, dando algum impulso ao dólar norte-americano.
A nível técnico, o ouro consolida entre os $1180 - $1214, tendo encontrado alguma resistência no limite superior do mesmo. O MACD aponta para uma valorização da commodity, apesar de esse sinal não ser bastante claro. O metal deverá encontrar agora alguma resistência na média móvel dos 200 dias e nos $1214. Os suportes de referência fixam-se nos $1191 e nos $1180. Caso quebre a barreira superior em alta, poderá ocorrer um rally até perto dos $1240.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.