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IMF – Dólar canadiano recua após indicações do Bank of Canada

Eur/Cad em máximos de finais de setembro após comentários de Poloz; Perspetivas sobre plano orçamental italiano melhoram ligeiramente; OPEP, Rússia e aliados irão fazes cortes superiores ao esperado; Ouro em máximos de cinco meses após queda do dólar com os dados do emprego nos EUA.

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Eur/Cad em máximos de finais de setembro após comentários de Poloz

O Eur/Cad acabou por recuar para máximos de finais de setembro, após o Banco do Canadá ter mantido as taxas de juro como previsto, tendo, contudo, dado a entender que o ritmo de subidas será mais gradual, levando a um corte nas expectativas de subida no próximo mês e pressionando o dólar canadiano para mínimos de dez semanas face ao euro. O Bank of Canada reiterou que é necessário um aperto monetário para atingir os 2% de inflação, mas argumentou que as revisões em baixa do Statistics Canada em relação aos valores de crescimento, juntamente com os recentes desenvolvimentos macroeconómicos poderão indicar uma menor pressão inflacionista. No Canadá a taxa de desemprego recuou para os 5.6%, o valor mais baixo desde 1976, quando se esperava que esta se mantivesse inalterada nos 5.8%, tendo sido contratadas 94.100 pessoas em novembro, tendo dado algum impulso à moeda do país que recuperou ligeiramente dos mínimos atingidos no dia anterior.

A nível técnico, o par testou a média móvel de 200 dias, assim como o limite superior do canal descendente onde se insere desde março deste ano, tendo posteriormente recuado. O MACD continua a dar um sinal de alta, pelo que deverá ser possível um novo teste nesses níveis. Contudo, o RSI de 14 períodos próximo de níveis overbought deverá evitar um rompimento das referidas barreiras.



Perspetivas sobre plano orçamental italiano melhoram ligeiramente

No início da semana, Moscovici afirmou que espera medidas concretas e credíveis por parte da Itália. Do outro lado, Giuseppe Conte indicou que irá tentar alterar algumas medidas do plano orçamental de forma a baixar o défice, mas que irá avançar com as reformas propostas. O plano orçamental foi entregue na última semana, mas a Comissão Europeia poderá só dar uma resposta no próximo ano. No BCE, alguns membros já começaram a discutir novas madeiras de sair da atual política sem prejudicar o setor bancário do sul da Europa. Os Nonfarm Payrolls nos EUA saíram abaixo do esperado e deram algum suporte ao Eur/Usd para fechar a semana mais próximo dos $1.14.

Tecnicamente, o par tem vindo a ver os seus máximos relativos cada vez menores e os mínimos relativos cada vez maiores, à medida que vai negociando próximo da linha superior do canal descendente. Com isto deu-se a formação de uma bandeira triangular, formação a qual indica a continuidade da tendência, após um período de indecisão. Suporte técnico mais próximo fixa-se nos $1.1290.



OPEP, Rússia e aliados irão fazes cortes superiores ao esperado

Na última semana, os preços do petróleo foram pressionados em consonância com a queda nas bolsas globais. A produção na Arábia Saudita atingiu os 11.3 milhões de bdp, ainda que isto deva ser revertido nos próximos tempos. O API estimou mais uma subida dos inventários o que debilitou ainda mais a confiança dos investidores, que ainda estão muito sensíveis. A semana foi marcada pela reunião da OPEP e pela Arábia Saudita ter recomendado um corte na produção inferior ao esperado. No entanto, a reunião finalizou com a OPEP, Rússia e aliados a aprovar um acordo que resultará num corte de produção superior ao que o mercado expectava.

Tecnicamente, o crude encontrou suporte na zona dos $49.30 e acabou por ressaltar e atingir os 55$. Até momento o crude adotou uma perspetiva de consolidação entre $51-$54 à medida que vai libertando alguma pressão bearish, devido às quedas registadas nos últimos dois meses. O MACD iniciou um sinal de compra o que poderá levar o crude a testar novamente os $55.



Ouro em máximos de cinco meses após queda do dólar com os dados do emprego nos EUA

A cotação do ouro atingiu máximos de meados de julho nos $1246, beneficiando da queda do dólar face às principais divisas, após os dados do relatório de emprego de novembro terem ficado aquém do esperado pelo mercado. Desta forma, os investidores vêm agora mais hipóteses de a Fed abrandar o ritmo das subidas de taxas de juros nos EUA.

A nível técnico, o metal precioso quebrou o nível de retração fibonacci dos 38.2% perto da resistência dos $1240. O MACD continua a dar um sinal de compra para a commodity. No entanto, com o RSI de 14 períodos no gráfico diário próximo de níveis overbought, será improvável que o ouro consiga quebrar a média móvel de 200 dias.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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