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IMF – Coroa Sueca em mínimos de quase nove anos face ao euro

Eur/Sek negociou acima das 10.50 coroas suecas; Eur/Usd quebra linha ascendente de longo-prazo; Crude consolida ganhos após renovar máximos; Ouro em mínimos de cinco semanas próxima dos $1315.

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Eur/Sek negociou acima das 10.50 coroas suecas

As preocupações relativas à inflação levaram o banco central da Suécia a comunicar que está a adiar os planos de aperto da sua política monetária. O Riksbank manteve a taxa de juro em -0.5%, mantendo-as em valores negativos desde inícios de 2015, sendo que as suas políticas parecem desfasadas com uma economia que beneficiou de anos de forte crescimento económico. A coroa sueca tem tido das piores performances no mercado cambial, tendo recuado quase 7% só este ano. A coroa sueca atingiu na passada sexta-feira mínimos de julho de 2009 face ao euro. O Riksbank poderá estar a usar o câmbio para atingir os objetivos de inflação.

Tecnicamente, o câmbio derrubou a resistência dos 10.48 SEK, podendo eventualmente recuar em breve, tendo em conta que o RSI de 14 períodos, no gráfico diário, apresenta níveis overbought. Caso isso suceda, o Eur/Sek poderá encontrar algum suporte na região dos 10.25 SEK. O câmbio tem sido alvo de bastante volatilidade nas últimas semanas, uma vez que por várias vezes ocorreram breakouts do limite superior das Bollinger Bands, algo que representa apenas uma probabilidade de 10% de ocorrer.


Eur/Usd quebra linha ascendente de longo-prazo

O sentimento em torno do Eur/Usd passou a ser ligeiramente bearish, à medida que os yields das obrigações soberanas dos Estados Unidos a 10 anos subiram, tendo as mesmas alcançando níveis cada vez mais próximos dos 3%. Na Alemanha, os dados do IFO indicaram um abrandamento na economia, indicando que a confiança empresarial tem vindo a deteriorar-se nos últimos cinco meses. O BCE manteve a política monetária inalterada ontem, como esperado. Draghi não se mostrou preocupado com os sinais de desaceleração da economia da Zona Euro, estando a mesma a crescer à 20 semestres consecutivos.

Numa perspetiva técnica, o Eur/Usd quebrou em baixa o triângulo de consolidação e a linha de tendência ascendente de longo-prazo, e acabou por ganhar um maior impulso para vir testar novos mínimos tendo quebrado os $1.2100. O par mantém o tom bearish, mas negoceia oversold, devendo isto indicar que o par deverá permanecer em queda, mas poderá corrigir para níveis superiores, aliviando a pressão à medida que desvaloriza.

Crude consolida ganhos após renovar máximos

O petróleo consolidou os ganhos no inicio da última semana, após os comentários de Donald Trump, indicando que a OPEP estava a subir artificialmente os preços. Nesta última semana, o mercado pareceu acreditar que os Estados Unidos irão deitar fora o acordo com o Irão e aplicar sanções à República Islâmica, significando que haverá menos petróleo a circular. Contudo, as exportações dos EUA atingiram um máximo histórico de 2.3M bpd. Adicionalmente, a valorização do dólar suportou a consolidação dos preços desta commodity.

O petróleo mantém acima da linha de tendência ascendente e da média móvel de 21 dias, mas poderá estar a perder o seu momentum, após ter atingido máximos de finais de 2014. O MACD aparenta ter atingido um ponto máximo devendo as suas médias móveis convergiram brevemente, neutralizando o tom bullish presente na matéria-prima. Zona de suporte fixa-se entre os $66.5 e os $64.


Ouro em mínimos de cinco semanas próxima dos $1315

A cotação do ouro seguiu em baixa ao longo da última semana, tendo atingido mínimos de mais de cinco semanas, pressionado em baixa por um dólar forte, pelos elevados yields das T-Bonds norte-americanas e pelo alívio das tensões geopolíticas a nível global. Segundo alguns analistas, o principal fator para a queda do valor do metal é sem dúvida o fortalecimento da divisa dos Estados Unidos, juntamente com o enfraquecimento do euro, após o discurso dovish de Mario Draghi na última conferência de imprensa sobre a política monetária do banco central europeu.

A nível técnico, o metal precioso quebrou a linha de tendência ascendente iniciada em dezembro do ano passado, sendo que deverá encontrar algum suporte na zona de retração fibonacci dos 38.2% próximo dos $1316. Caso quebre a referida barreira em baixa, o próximo suporte de referência fixa-se nos $1307. Quer o MACD, quer o Estocástico continuam a apontar para um prolongamento do retrocesso da cotação da commodity.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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